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Economia

Ao tirar valor de tributo de mercadoria, empresas lucram 12% na Capital

Mariana Rodrigues | 27/05/2015 16:52
Nas drogarias, o movimento aumentou e o proprietário chegou  lucrar. (Foto: Marcelo Calazans)
Nas drogarias, o movimento aumentou e o proprietário chegou lucrar. (Foto: Marcelo Calazans)

Empresários que aderiram ao Dia da Liberdade de Impostos, realizado na segunda-feira (25), consideraram a ação uma forma de conscientizar a população sobre a quantidade de tributos pagos a cada produto comprado. Em alguns estabelecimentos participantes, o movimento chegou aumentar 230%, o equivalente a dois dias de vendas.

Segundo Lodomilson Alexandre, proprietário das duas drogarias localizadas no bairro Coophavilla II, a movimentação foi de 230% com relação a meta diária de atendimento em um dia comum, isso equivale segundo ele, a dois dias a mais de venda. O proprietário conta que conseguiu obter em média 12% de lucros devido aos distribuidores que também aderiram a campanha. "Conversei com os distribuidores de medicamentos e eles resolveram aderir a campanha, caso eles não tivessem aderido, teríamos que arcar com os impostos e acabaríamos tendo prejuízos", comentou.

Essa é a primeira vez que Lodomilson aderiu à campanha, devido aos resultados positivos ele pretende continuar e chamar mais empresários do mesmo segmento para aderir ao movimento, já que isso representa uma forma de protestar contra os vários tributos que são pagos.

Entre os medicamentos mais procurados, estavam os da linha de genéricos, que geralmente já são mais em conta do que os de marca, no Dia da Liberdade de Imposto a linha chegou a apresentar 42% de redução no valor normal. O proprietário alerta que atualmente os consumidores devem ficar atentos a nota fiscal, pois ali é possível verificar a quantidade paga de imposto em cada produto. "Tirando o Imposto de Renda e o IPI, o restante dos tributos de cada produto adquirido são especificados na nota fiscal. Com isso, ele pode ficar sabendo o quanto pagou só em imposto".

Sem lucro - O diretor geral da autoescola participante, Abmael Ribeiro, informou que diferente das farmácias, ele não obteve lucro, já que tiveram que arcar com os impostos dos novos e antigos alunos. Para ele, é possível até que a auto escola tenha prejuízo."Como prestamos serviços, temos que pagar os funcionários, para cada um aluno que fechava contrato, por exemplo, são vários funcionários que teriam que o atender, isso gera um custo maior para gente", afirmou.

Mesmo a procura não atendendo as expectativas, houve um aumento de 300% durante a campanha, comparado a um dia normal. Entre as categorias mais procuradas, Abmael disse que a de carro foi a que mais vendeu, e representou 53% de aumento.

Marcelo Yukio Shiraishi, proprietário do posto de combustível participante explicou que a importância do movimento é mostrar para a população a diferença do preço de custo da gasolina, a quantidade de impostos que é atribuído a esse valor e o preço de venda para o consumidor. "As pessoas muitas vezes reclamam e acham que a gente aumenta o preço do combustível porque quer".

Também participando pela primeira vez, ele disse que não conseguiu lucrar com os 5 mil litros ofertados, pois a cada litro ele perdeu R$ 1,10, isso representa um prejuízo de R$ 5.500. Marcelo pretende participar outras vezes, mas espera que outros postos também possam aderir ao movimento, assim como as distribuidoras de combustível.

Para ele, a maior conscientização deve ser com relação a quantidade de impostos pagas, pois o consumidor deve cobrar o retorno desses impostos. "É preciso ter uma reestruturação do sistema tributário. Esse dinheiro arrecadado com os impostos deve ser aplicado no serviço público, para que tenha melhor qualidade", finalizou.

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