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Economia

Após 20 anos, expansão imobiliária chega e valoriza imóveis em 20%

Caroline Maldonado | 25/04/2015 10:58
Expansão do mercado imobiliário surpreende quem mora no local e esperou por mais de 20 anos o desenvolvimento da região, desde que foi inaugurada a UCDB (Foto: Marcelo Calazans)
Expansão do mercado imobiliário surpreende quem mora no local e esperou por mais de 20 anos o desenvolvimento da região, desde que foi inaugurada a UCDB (Foto: Marcelo Calazans)
Obras de drenagem e pavimentação atraem investidores do mercado imobiliário (Foto: Marcelo Calazans)
Obras de drenagem e pavimentação atraem investidores do mercado imobiliário (Foto: Marcelo Calazans)

Nos últimos dois anos, imóveis da região norte de Campo Grande, que ficam no entorno da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), tiveram valorização de aproximadamente 20%, segundo a CVI (Câmara de Valores Imobiliários). A expansão do mercado imobiliário e os preços surpreendem quem mora no local e esperou por mais de 20 anos o desenvolvimento da região, desde que foi inaugurada a universidade.

Agora, no entanto, os imóveis tendem a desvalorizar em toda a cidade e o que pode garantir que os bairros próximos a universidade continuem atraindo investimentos são as melhorias, que finalmente chegam ao local, na avaliação do presidente da CVI, Ronaldo Ghedini. “O que mais vai influenciar na região são as obras de drenagem, pavimentação, ordenamento do trânsito, melhora no acesso, que estão sendo feitas”, comenta.

Segundo o corretor Edson Silva, terrenos que há pouco mais de três meses custavam R$ 60 mil, agora não saem por menos de R$ 90 mil nos bairros próximos a instituição. A valorização de 50% se deve a expansão da cidade e também as obras de pavimentação em andamento no Jardim Seminário II e ao asfalto que já chegou em outros bairros, como Marly, Nasser e Água Limpa Park, o último loteamento de casas de alto padrão.

“Capital é Capital. As empresas se instalam no interior, mas os executivos vão para Campo Grande, por os filhos na cidade. Por isso, temos casas de valor médio e alto chegando na região”, explica Edson, ao lembrar que os investidores têm conhecimento de onde vai sair asfalto e outras melhorias. Isso pode justificar a expansão, além da procura que sempre foi alta e os benefícios do programa Minha Casa, Minha Vida, que ajudam na negociação de casas em torno de R$ 150 mil, na área.

“A procura por imóveis perto da universidade sempre foi boa, porque os bairros estão praticamente dentro do Centro cidade. Essa correlação com o Centro aumenta cada vez mais o interesse das famílias”, detalha o corretor. Segundo ele, os imóveis mais caros custam até R$ 350 mil, nas proximidades da universidade.

Aposentado Manoel Torres, 59 anos, que abriu uma sorveteria em frente a universidade há menos de um ano (Foto: Alcides Neto)
Aposentado Manoel Torres, 59 anos, que abriu uma sorveteria em frente a universidade há menos de um ano (Foto: Alcides Neto)
Flávio Barbino Barbosa, 29 anos, tem um estacionamento e loja agropecuária perto da universidade (Foto: Alcides Neto)
Flávio Barbino Barbosa, 29 anos, tem um estacionamento e loja agropecuária perto da universidade (Foto: Alcides Neto)

Mais casas, mais comércio - Quem percebeu que dessa vez a região está realmente expandindo apostou em novos negócios há cerca de um ano. São bares, lanchonetes, estacionamentos, lojas de materiais de construção e estabelecimentos que atendem aquelas demandas gráficas dos universitários.

Em alguns casos, um único comerciante amplia os serviços aos poucos para faturar ainda mais. É o caso do aposentado Manoel Torres, 59 anos, que abriu uma sorveteria em frente a universidade há menos de um ano. Logo percebeu que tinha condições de crescer e foi agregando serviços. Agora, além dos sorvetes, ele oferece lanches, material escolar, faz cópia e impressão e ainda tem um estacionamento ao lado, pois faz parte da propriedade que alugou para montar o negócio.

“O que os estudantes precisam a gente faz, conforme vou vendo o que eles procuram vou agregando o serviço”, comenta. Com tanta demanda, a concorrência marca pesado e Manoel faz promoções associando os serviços para não perder cliente. “Para quem paga o mês, damos bônus de 40% para consumo na sorveteria”, detalha o comerciante.

Quase ao lado, o empresário Flávio Barbino Barbosa, 29 anos, também administra um estacionamento. Paralelamente, ele abriu a loja de produtos agropecuários há menos de um ano. A concorrência para ele é indiferente em vista do movimento de clientes. “Toda vida tive comércio e resolvi investir aqui, porque melhorou muito essa região nos últimos anos. Mesmo com o movimento da universidade, não tinha nada aqui há pouco tempo”, lembra.

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