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Economia

Aprovada recuperação da Suprimac para quitar R$ 12 milhões em dívidas

Ricardo Campos Jr. | 19/04/2017 15:14
Uma das unidades da Suprimac em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Uma das unidades da Suprimac em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

O plano de recuperação judicial da Suprimac foi aprovado pelos credores e homologado pela Justiça, prevendo o pagamento total das dívidas em 20 anos. Segundo informações divulgadas pela administradora judicial do caso, a Vinícius Coutinho Consultoria e Perícia, os débitos somam R$ 12.281.131,47.

A empresa de materiais de escritório, porém, não chegará a desembolsar todo esse valor, já que obteve descontos de até 70% em algumas contas.

Somente com dívidas trabalhistas a Suprimac soma R$ 179.815,56. Financiamentos com garantia real, quando a devedora destina parte do patrimônio como garantia para assegurar o cumprimento da obrigação, somam R$ 3.628.731,91.

A maior parte das dívidas da recuperanda, no entanto, são com os chamados quirografários. Esses credores não possuem qualquer tipo de garantia que lhes assegure a quitação dos débitos, que no caso da Suprimac chegam a R$ 8.048335,86. Existem ainda várias dívidas firmadas com microempresas no total de R$ 424.248,14.

Como funciona? - Quando uma empresa fica repleta de dívidas e não consegue pagá-las, ela pede à Justiça a chamada recuperação judicial como medida para evitar a falência. Ela apresenta um plano de pagamento que pode prever prazos e condições especiais para quitar os débitos.

Todos os credores são reunidos em uma assembleia para votar o documento. Eles podem vetá-lo ou aprová-lo, na íntegra ou com alterações.

O processo é acompanhado de perto pelo Judiciário, que nomeia uma empresa ou consultor como administrador judicial, que irá enviar relatórios sobre o andamento do processo e depois, caso seja aprovado o plano, ajuda a fiscalizar seu cumprimento.

No caso da Suprimac, o pedido de recuperação tramita há um ano na Justiça. De 2014 até 2015 a companhia demitiu cerca de 80 funcionários e fechou quatro unidades.

O grupo que iniciou as atividades em 1985 e expandiu os negócios nos anos 2000, alega que as dificuldades financeiras começaram em 2013, quando iniciaram o fechamento de filiais para reduzir gastos. Pouco depois, em maio de 2014, a Distribuidora de livros Classe A foi notificada da rescisão de contrato de distribuição com duas editoras grandes.

A empresa alega que a distribuição dos livros publicados pela editora representava 80% do faturamento da filial. Em 2015, segundo o grupo, a situação se agravou com a queda de 20% nas vendas.

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