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Economia

BB garante R$ 2,5 bi a revenda de veículos

Redação | 26/01/2009 19:51

Com o objetivo de atender as revendas de veículos semi-novos e garantir ao consumidor a diminuição da taxa de juro do financiamento de carros usados, o BB (Banco do Brasil) vai liberar nos próximos dias R$ 2,5 bilhões às revendedoras do país. O benefício atenderá cerca de 10 mil empresários e garantirá investimentos em aproximadamente 42 mil lojas, espera o governo federal.

A decisão foi divulgada hoje, na sede do banco em Brasília e contou com a presença do vice-presidente de varejo e Distribuição do Banco do Brasil, Milton Luciano dos Santos; de representantes da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) e do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT).

Com a crise mundial, a alta do dólar e dos juros, a falta de capital de giro provocou uma retração de 50% nas vendas, conforme explica o presidente da Fenauto, Ilídio Gonçalves dos Santos.

Segundo ele, agora precisa ser discutida a taxa de juros desses recursos, bem como os empréstimos a serem concedidos aos consumidores.

Uma taxa competitiva para o setor deverá ser definida, de acordo com o vice-presidente de varejo do Banco do Brasil. Ele afirma que a proposta é igualar a taxa ao percentual cobrado nos financiamentos de veículos novos.

Já o deputado Dagoberto acredita que a decisão alivia o segmento, responsável por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Agora, de acordo com o pedetista, precisa ser definida a verba que deverá ser obtida do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e isso deve acontecer amanhã, durante reunião com o ministro do Trabalho Carlos Lupi.

O ministro até sinalizou apoio ao setor, na semana passada, quando disse que tentaria viabilizar linhas de crédito junto ao governo federal para atender as revendedoras de carros usados, com a condição de que fossem mantidos os 600 mil postos de trabalho contabilizados atualmente.

Lupi ainda afirmou na ocasião, que é possível serem utilizados recursos do FAT e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para atender os revendedores e garantir a manutenção de empregos. Para ele, as reivindicações são embasadas na redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que fez com que o carro zero desvalorizasse o carro semi-novo, prejudicando o setor de usados e reduzindo as linhas de crédito.

Em Campo Grande a queda nas vendas foi muito sentida. Além das garagens, setor reconhecidamente forte na cidade, até as concessionárias sentiram os efeitos por conta da dificuldade dos clientes em trocar o veículo usado para poder investir no 0Km.

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