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Economia

Com apostas mais caras, lotéricas esperam queda no movimento

Luciana Brazil | 12/05/2014 15:13
Lotéricas estimam queda no número de apostas em razão de reajuste de 25%. (Foto Cleber Géllio)
Lotéricas estimam queda no número de apostas em razão de reajuste de 25%. (Foto Cleber Géllio)

Apostar na sorte agora ficou em média 25% mais caro, e esse reajuste pode reduzir, pelo menos por enquanto, a quantidade de jogos registrados nas casas Lotéricas. Isso é o que acreditam os gerentes desses locais em Campo Grande. Já no fluxo de jogadores, o preço não deve interfirir, na avaliação do Sinal-MS (Sindicato dos Agentes Lotéricos De Mato Grosso do Sul). Os jogos da Mega-Sena, Quina e Lotofacil estão mais caros desde o fim de semana.

Em Mato Grosso do Sul, são 155 lotéricas, que empregam em torno de mil pessoas diretamente. Se for considerado o número de empregos indiretos, de pessoas que ficam nas ruas vendendo apostas, essa quantidade dobra, conforme os dados do Sinal.

“As pessoas não vão deixar de jogar, mas pode ser que deixem de fazer a quantidade de apostas que faziam antes”, acredita a gerente de uma lotérica Regiana Alves Maciel, 36 anos. Para ela, essa mudança será passageira. “Eu acho que as pessoas se acostumam logo com o preço e voltam a fazer o mesmo número de jogos”, completa.

Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Amado, em dois meses a quantidade de apostas cresce novamente. “Em um primeiro momento, esse reajuste interfere na quantidade de apostas, mas na sequência, dentro de 60 dias, já se normaliza”, explicou.

Para os que trabalham no setor, o reajuste veio tarde, já que o último aumento da Mega-Sena e Lotofacil, aconteceu em 2009. A Quiina chegou a ser reajustada em 2011. “Não existe um item que não tenha sofrido reajuste desde então. A lotérica tem várias despesas, entre elas o pagamento dos funcionários. Esse reajuste veio tarde”, avaliou Ricardo.

As lotéricas arrecadam 8,64% do número de apostas feita na unidade, segundo Ricardo.

Na lotérica da rua Marechal Rondon, cerca de mil pessoas passam pelo local em dias de grande movimento, conforme a gerente Ariane Gomes Arantes, 29 anos. “Pelo menos metade dos clientes que vêm até a lotérica aproveitam para jogar. E essas pessoas vão continuar jogando”, afirmou.

Valdir Consalter, 60 anos, gerente da lotérica na rua Sete de Setembro, acredita que as pessoas queiram desembolsar o mesmo valor que já estavam acostumadas a jogar. “Isso trará um impacto na quantidade de apostas. Mas acho que é passageiro”.

Os bolões, modalidade de aposta onde se rateia o valor de vários jogos, serão afetados com o reajuste, segundo a gerente Regiana. “Como o valor da aposta é maior, teremos que fechar com mais apostadores. Se antes eu fazia uma bolão com 10 pessoas, agora vou ter que fazer com 14, 15 pessoas”, reclama

Das 155 lotéricas do Estado, 45 estão em Campo Grande. Na arrecadação nacional da Mega-Sena, Mato Grosso do Sul representa 1,6% do montante no País.

A Mega-Sena, Lotofácil e Quina estão mais caras desde ontem, conforme autorização da CEF (Caixa Econômica Federal). O preço da Mega aumentou 25%, passando de R$ 2,00 para R$ 2,50, a aposta mínima (de seis números). Para a Quina, o valor do jogo de cinco números, que era de R$ 0,75, foi reajustado para R$ 1. O preço da aposta de 15 números da Lotofacil subiu de R$ 1,25 para R$ 1,50.

Os valores da premiação fixa das apostas vencedoras com 11, 12 e 13 números da Lotofácil foram reajustados para, respectivamente, R$ 3, R$ 6 e R$ 15.

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