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Economia

Mesmo com recuo em 4 itens, cesta básica na Capital segue entre as mais altas

Queda no preço do tomate, batata, arroz e café ajudou a aliviar o bolso do consumidor em agosto

Por Jhefferson Gamarra | 05/09/2025 16:58
Mesmo com recuo em 4 itens, cesta básica na Capital segue entre as mais altas
Tomate em setor de hortifruti de supermercado (Foto: Marcos Maluf)

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apontou que o custo da cesta caiu em 24 das 27 capitais brasileiras em agosto de 2025. Em Campo Grande, a redução foi de 0,90% em relação a julho, fechando o mês em R$ 768,79.

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A cesta básica em Campo Grande registrou queda de 0,90% em agosto de 2025, fechando o mês em R$ 768,79, segundo pesquisa da Conab e Dieese. Apesar da redução, a capital sul-mato-grossense permanece entre as mais caras do país, ocupando a 6ª posição no ranking nacional. Quatro dos 13 itens da cesta apresentaram redução, com destaque para o tomate, que caiu 18,95%. No acumulado de 2025, a cesta básica em Campo Grande teve uma leve queda de 0,20%, com oito produtos registrando redução. A batata liderou as quedas, com 32,35% de redução. No entanto, o custo elevado da alimentação básica continua pressionando o orçamento das famílias, especialmente as de baixa renda, que enfrentam dificuldades para adquirir itens essenciais.

Apesar da queda, a capital de Mato Grosso do Sul segue figurando entre as cidades com os maiores valores, ocupando a 6ª colocação no ranking nacional. O valor está acima de capitais como Curitiba (R$ 752,70), Vitória (R$ 743,47), Brasília (R$ 739,10) e Belo Horizonte (R$ 725,90). No comparativo geral, São Paulo lidera com a cesta mais cara do Brasil, custando R$ 850,84, enquanto Aracaju aparece com o menor custo, de R$ 558,16.

Em Campo Grande, quatro dos 13 itens que compõem a cesta básica apresentaram queda de preços em agosto. O destaque foi o tomate, que registrou redução expressiva de 18,95%. Também tiveram retração a batata (-13,97%), o arroz agulhinha (-1,28%) e o café em pó (-0,47%).

Essas quedas ajudaram a suavizar o impacto no bolso do consumidor, mas não foram suficientes para mudar o fato de que a cesta básica na capital sul-mato-grossense permanece entre as mais caras do País.

No acumulado de 2025 (janeiro a agosto), a cesta básica em Campo Grande registra queda tímida de -0,20%. Oito produtos tiveram retração no período, liderados pela batata (-32,35%) e arroz agulhinha (-28,77%). Também ficaram mais baratos a banana (-7,52%), feijão carioca (-7,44%), óleo de soja (-5,41%), manteiga (-4,48%), açúcar cristal (-3,15%) e carne bovina de primeira (-1,66%).

Quando se observa o acumulado dos últimos 12 meses, a redução é ainda mais significativa em alguns itens. A batata acumula baixa de 52,15%, seguida por arroz agulhinha (-26,16%), banana (-17,23%), feijão carioca (-9,54%), manteiga (-2,91%) e leite integral (-1,31%). Esse comportamento reflete oscilações de safra e oferta agrícola, além da dinâmica de mercado.

Entre julho e agosto, as maiores quedas percentuais no valor da cesta ocorreram em Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4,00%), Natal (-3,73%), Vitória (-3,12%) e São Luís (-3,06%). Em 11 capitais, a redução superou os 2%, mostrando que a tendência de recuo foi generalizada.

No entanto, ainda existem diferenças marcantes entre as regiões do País. Enquanto no Sudeste e Sul o custo ultrapassa facilmente os R$ 800, em cidades do Norte e Nordeste o valor gira em torno de R$ 600.

O estudo também calcula o tempo médio de trabalho necessário para que um trabalhador que recebe salário mínimo líquido consiga adquirir a cesta básica. Em Campo Grande, o índice foi de 111 horas e 25 minutos em agosto, o que corresponde a 54,75% do rendimento mensal. Em São Paulo, o trabalhador precisa dedicar 123 horas e 19 minutos do salário mínimo líquido para garantir os itens, enquanto em Aracaju esse tempo cai para 80 horas e 54 minutos.

Embora os números mostrem um alívio parcial com a queda de produtos importantes como tomate, batata e arroz, a realidade é que o custo da alimentação básica em Campo Grande continua elevado. Isso coloca pressão adicional no orçamento das famílias, sobretudo as de baixa renda, que sentem mais intensamente as variações nos preços de alimentos essenciais.