Combustíveis em Campo Grande estão abaixo da média nacional, aponta pesquisa
Pesquisa da ANP mostra etanol a R$ 3,81 e gasolina a R$ 5,75, valores menores que no país
Levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizado entre os dias 14 e 20 de setembro mostra que os preços dos combustíveis em Campo Grande e no restante de Mato Grosso do Sul permanecem abaixo da média nacional. Ainda assim, motoristas e funcionários de postos relatam queda no movimento e preocupação com o orçamento.
RESUMO
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Combustíveis em MS estão abaixo da média nacional, mas impactam orçamento dos motoristas. Pesquisa da ANP revela que etanol, gasolina e diesel são mais baratos no estado, com preços médios de R$ 3,81, R$ 5,75 e R$ 5,99 em Campo Grande, respectivamente. Apesar da vantagem em relação à média brasileira, consumidores sentem o peso dos valores no bolso. Motoristas relatam dificuldades com os preços, mesmo com a opção mais econômica do etanol. Queda no movimento dos postos de combustíveis também é registrada, levando a demissões em alguns estabelecimentos. Consumidores buscam alternativas e promoções para economizar, enquanto postos sofrem com a redução nas vendas e impacto na comercialização de outros produtos.
Em Campo Grande, o litro do etanol custa em média R$ 3,81 em 18 postos pesquisados. A gasolina comum está em R$ 5,75 (22 postos), a aditivada em R$ 6,00 (19 postos) e o diesel em R$ 5,99 (13 postos). Já no Estado, os valores sobem um pouco, mas ainda são menores que os nacionais: etanol a R$ 3,89, gasolina comum a R$ 5,93, aditivada a R$ 6,13 e diesel a R$ 6,02.
Os números se mostram vantajosos em comparação à média brasileira, que é de R$ 4,29 para o etanol, R$ 6,20 para a gasolina e R$ 6,00 para o diesel. Apesar disso, para quem abastece regularmente, qualquer variação pesa no bolso. O gerente financeiro Ramão Rogério Medeiro, 50 anos, disse que a cada 15 dias completa dois tanques. Ele afirma que não deixa de abastecer quando há aumento, mas também não sente tanto a diferença porque não costuma andar de carro. “De moto eu não deixo de andar, não muda nada”, contou.
Já o motorista de aplicativo Guilherme Freire, 23 anos, relatou que notou aumento nos últimos dias, ainda que discreto. Para ele, a escolha é sempre pelo etanol, que compensa mais no Gol usado para trabalhar. O problema, segundo ele, é que quando o combustível sobe, as plataformas mantêm o mesmo valor das corridas. “Isso afeta no final do dia. Tem uma promoção do 99 de 20% de desconto no abastecimento do tanque e estou procurando posto que participe”, afirmou.
Do lado dos postos, o cenário também é de dificuldades. Funcionários de um estabelecimento, que pediram para não ser identificados, disseram que o movimento caiu pela metade desde o dia 6 de setembro. A queda foi tanto na gasolina quanto no etanol, embora este ainda seja o preferido pelos clientes. Eles explicam que a concentração maior de etanol na gasolina faz com que compense optar pelo combustível alternativo.
“Até o movimento de motos diminuiu. Muitos vêm só para pesquisar preço e vão embora sem abastecer”, disse um deles, acrescentando que a queda afetou também a venda de produtos de conveniência. O impacto foi tão grande que houve demissão de funcionários para cortar custos.