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Economia

Construção de ponte em Porto Murtinho deve começar em 2023

Previsão é de que estrutura, que custará R$ 470 milhões ao governo paraguaio, seja inaugurada após 18 meses

Adriel Mattos | 30/04/2022 18:19
Área onde ponte será construída. (Foto: Divulgação)
Área onde ponte será construída. (Foto: Divulgação)

A construção da Ponte Rodoviária Internacional sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta, deve começar em janeiro de 2023. A previsão foi revelada nesta semana durante reunião da comissão mista Brasil-Paraguai.

“O consórcio tem um cronograma muito bem definido. Em outubro já começam as primeiras concretagens de pilares. O projeto está pronto e a obra se inicia em janeiro de 2023 com a previsão de término em 18 meses”, declarou Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Estado de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar).

A obra, de quase R$ 470 milhões, será custeada pelo governo paraguaio. No lado brasileiro, o acesso tem 13 quilômetros e tem previsão de um viaduto na rodovia BR-267.

“É um trajeto mais longo e o que foi confirmado em termos de cronograma é que em agosto será lançada a licitação do acesso à BR-267-267 até a cabeceira da ponte. A previsão de edição da obra é de aproximadamente dois anos. Portanto, o que nós vislumbramos hoje, é que tanto o governo brasileiro como o governo do Paraguai deverão finalizar os acessos conjuntamente com a ponte. Vale lembrar que os acessos passam fora da cidade de Porto Murtinho e também da cidade de Carmelo Peralta”, sinalizou.

Outro assunto tratado na reunião foi a necessidade imediata de transferência de equipamentos do consórcio para o trabalho no lado brasileiro.

“No auge da construção, serão mais de 700 pessoas que serão contratadas. Por isso, o que ficou acertado na reunião da comissão mista é que na próxima semana a Receita Federal já se reúne com a Receita Federal do Paraguai para fazer uma instalação normativa específica para começar a tratar do fluxo de produtos, mercadorias e insumos relativos exclusivamente a ponte”, adiantou Verruck.

Aduanas – O terceiro ponto levantado no encontro foi a questão dos centros empregados de controle aduaneiro.

“Essa é uma questão que o Mato Grosso do Sul sempre tem que destacar. Se nós não conseguirmos desenvolver os centros integrados entre o Brasil, Paraguai, Argentina, baseados no acordo do Mercosul, a Rota não se viabiliza. O acordo já prevê as aduanas e o que nós precisamos fazer agora é dentro da Rota Bioceânica, acionar esse acordo do Mercosul e definir o sistema de rotas integradas”, frisou.

Ele explica que como foi sinalizado no projeto, hoje tanto o Brasil quanto o Paraguai, estão construindo uma aduana.

“Nós definimos que agora, na segunda quinzena de maio, a comissão terá um encontro específico para tratar dessas questões, inclusive com participação da Receita Federal. Porque nós entendemos que essa é uma questão crucial para a viabilização do transporte da Rota. Sentimos por parte do governo do Paraguai a predisposição de fazer essa discussão. Além disso, entendemos que a viabilidade sobre o ponto de vista de competitividade dessa Rota passa pela questão aduaneira. Então nós vamos fazer uma discussão porque nós precisamos no andamento das obras”, finalizou o secretário.

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