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Economia

Coronacrise impacta economia e fechamento de empresas aumenta 27% em MS

Comércio liderou o fechamento de empresas no mês passado no Estado, segundo o balanço da Jucems

Rosana Siqueira | 11/05/2020 13:54
Paralisação do comércio durante a pandemia afetou os negócios (KIsie Ainõa)
Paralisação do comércio durante a pandemia afetou os negócios (KIsie Ainõa)

O fechamento de empresas em Mato Grosso do Sul no mês passado aumentou 27,3%, diante da tendência de queda na atividade comercial devido a pandemia de coronavírus. Foram fechadas 270 firmas dante de 212 do mesmo período do ano passado.

Já a abertura de empresas somou 450 pedidos em abril, volume 25% inferior ao mesmo período de 2019. Os números são da Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Apesar da queda no número de abertura de empresas em abril frente ao mesmo período de 2019 (600 empresas) e 2018 (579 empresas), o acumulado do mês ainda é maior que o registrado em abril de 2017, quando foram abertos 425 novos negócios.  O primeiro quadrimestre do ano também apresenta o melhor resultado dos últimos sete anos, com 2.361 aberturas de empresas.

Para o secretário Jaime Verruck, da Semagro os números refletem a desaceleração da economia devido ao coronavírus. “Tínhamos a previsão inicial de 2020 ser o melhor ano de abertura de empresas dos últimos nove anos, o que vinha se confirmando até março, mas que houve uma substancial mudança devido a pandemia”.

Mesmo superando o mês de abril 2019, o índice de fechamento de empresas foi o menor registrado em 2020, mas o maior da série histórica para o mês. Outro dado expressivo na pesquisa foi o avanço na extinção de empresas em 2020 que se deve em grande parte a decisão do Governo Federal de outubro de 2019, que extinguiu a taxa paga por empresários para fechar a empresa, facilitando o processo.

Comércio lidera -Mais afetada diretamente pela coronacrise, o comércio liderou os fechamentos entre os segmentos, com 50% dos pedidos, Comércio varejista de vestuário, acessórios, produtos alimentícios, bebidas, doces, mercadorias em geral, gás liquefeito e restaurantes foram os principais CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) extintos em abril.

O presidente da Jucems, Augusto César Ferreira de Castro, explica que a Junta Comercial está trabalhando desde o início do tele trabalho adotado pelo Governo do Estado. “O sistema da Jucems é totalmente digital, sem necessidade de trabalho presencial, por isso continuamos atuando normalmente, obedecendo as normas vigentes”, destaca.

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