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Economia

De homenagem à avó até empresa, fábrica de temperos tem 800 clientes

Liana Feitosa | 23/11/2015 07:45
Ao todo, todos os meses são preparados cerca de 15 mil quilos de produtos pelas mãos de 15 funcionários. (Foto: Pedro Peralta)
Ao todo, todos os meses são preparados cerca de 15 mil quilos de produtos pelas mãos de 15 funcionários. (Foto: Pedro Peralta)

Com quase nada de recursos, o empreendedor Rui Murilo Galvanini decidiu criar o próprio negócio e, em 1995, iniciou as atividades da marca Vó Ermínia, uma homenagem à avó, de mesmo nome. Hoje, mais de 20 anos depois, o negócio do setor de alimentos ainda é considerado micro empresa, mas atende cerca de 800 clientes no Estado.

"Meu pai começou criando codornas, depois vieram os produtos de horta e temperos, como as pimentas. Nessa época, a empresa funcionava em chácara arrendada, onde também era criado frango caipira para venda", conta o filho de Rui, Gabriel Galvanini, 24 anos, estudante de administração que há seis anos trabalha no negócio da família. Hoje, ele é o responsável pela administração do empreendimento.

Foco - A empresa acabou fechada por alguns meses, mas por causa da insistência de clientes pedindo os produtos da marca, a Vó Ermínia voltou a funcionar, mas então na cidade. "Ficamos mais fortes na parte dos temperos. Focamos no trabalho com produtos naturais, sem conservantes e com alto padrão de qualidade", completa Gabriel.

Hoje, só entre os temperos são mais de 80 itens. São opções secas e molhadas, além de farofas e itens em conserva como ovos de codorna, que estão entre os produtos mais vendidos. Os clientes vão de consumidores finais a restaurantes, empórios e supermercados.

Ao todo são preparados cerca de 15 mil quilos de produtos por mês pelas mãos de 15 funcionários, inclusive, a mãe de Gabriel, Viviane Galvanini, que também comanda no negócio familiar ao lado do esposo e é a responsável pelo departamento de produção.

Determinação - Para Gabriel, a conquista de sucesso no empreendimento depende de uma junção de fatores desafiadores. "É preciso ter muita perseverança, mas também tem que ter diferencial. Nossa prioridade é trabalhar com produtos puros, esse é nosso diferencial, o pó puro, sem conservantes. Até o ovo em conserva não tem conservantes químicos", afirma.

Viviane é responsável pelo departamento de produção e comanda o negócio criado pelo esposo ao lado do filho, Gabriel, de 24 anos. (Foto: Pedro Peralta)
Viviane é responsável pelo departamento de produção e comanda o negócio criado pelo esposo ao lado do filho, Gabriel, de 24 anos. (Foto: Pedro Peralta)

"Mas também é preciso criatividade, muita criatividade. Não fomos afetados por essa crise porque lançamos novos produtos, desenvolvemos temperos novos e também a farofa, que está vendendo muito bem", completa.

Para ele, se a empresa não tivesse inovado, o cenário poderia ser outro. "Também expomos melhor os nossos produtos, fizemos ações no Facebook, fomos atrás e conquistamos mais clientes, fizemos de tudo para não sentir a crise", compartilha.

Novidades - Neste ano foram criados 30 novos produtos, como o tempero em frasco com moedor. Além disso, a empresa fez pesquisa de campo para avaliar o mercado.

"Vimos que estávamos deixando de vender porque não tínhamos o produto. Dessa forma, vimos o que os concorrentes não tinham e fizemos, como o sal rosa do himalaia, por exemplo, que vende muito bem porque é puro, não misturado no sal grosso, como outras marcas fazem", explica Gabriel.

Agora, a marca estuda expandir os negócios para outras regiões, principalmente ao Norte do país. Alguns pontos de revenda já foram firmados e a ideia é oferecer, a partir do próximo ano, produtos da marca no Mato Grosso e em Rondônia.

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