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Economia

De olho em mais renda eles colocaram a mão na massa e abriram um negócio

Mariana Rodrigues | 22/11/2015 09:47
Bosco Luiz Boudoux, é formado em turismo e hotelaria, já gerenciou três casas noturnos em Campo Grande, mas preferiu investir no próprio negócio. (Foto: Gerson Walber)
Bosco Luiz Boudoux, é formado em turismo e hotelaria, já gerenciou três casas noturnos em Campo Grande, mas preferiu investir no próprio negócio. (Foto: Gerson Walber)

Em uma época que muito se fala em crise, o sonho de investir no próprio negócio pode trazer riscos para o empresário, mas também pode ser uma forma de aumentar a renda da família. Apostar em um negócio pequeno e ir crescendo aos poucos no ramo escolhido tem sido a opção de muita gente, mas para isso é preciso ter cuidado, calcular os riscos e estar preparado para inovar e lucrar aos poucos.

É o caso de Bosco Luiz Boudoux, 35 anos, formado em turismo e hotelaria, já gerenciou três casas noturnas em Campo Grande. Há dois meses ele decidiu abrir a Big Burguer na Avenida Eduardo Elias Zahran e escolheu por um lugar pequeno e enxuto, para poder ir crescendo aos poucos. "Tinha oito opções de lugares para montar meu próprio negócio, mas queria algo afastado do Centro, já que ali há muitas lojas fechando", lembra.

Bosco investiu cerca de R$ 25 mil, e nesse pouco tempo que está no ramo, já ganha o suficiente para pagar as contas e e ainda sobra dinheiro. "Já estou tendo retorno. Pelas minhas contas o lucro só seria possível após seis meses. Já estamos no segundo mês e a hamburgueria já está se pagando", diz.

Vendendo em média 350 lanches por semana, que vão dos gourmet aos tradicionais com preços de R$ 8 até R$ 20, além de bebidas diversas, Bosco conta que o sucesso de seu empreendimento é o atendimento e a qualidade. "Trabalho com matéria prima de qualidade, receitas especiais e produtos frescos". Questionado se voltaria a trabalhar de carteira assinada, ele descarta a ideia, já que o seu empreendimento está dando certo. "Eu já tenho uma marcenaria também, além disso emprego outras duas pessoas. Tinha uma renda mensal fixa, mas não largaria meus empreendimentos de jeito nenhum", conta.

Vendendo em média 350 lanches por semana, Bosco conta que o sucesso de seu empreendimento é o atendimento e a qualidade. (Foto: Gerson Walber)
Vendendo em média 350 lanches por semana, Bosco conta que o sucesso de seu empreendimento é o atendimento e a qualidade. (Foto: Gerson Walber)

Quem também decidiu aumentar a renda e investiu no próprio negócio foi o aposentado Manoel Egues, 72 anos, juntamente com a filha Eliete da Cruz, 49 anos, educadora, há quatro meses eles tiveram a ideia de montar um local para vender espetinho e aumentar a renda da família.

Os espetinhos são vendidos pelo valor de R$ 10 o completo, que conta com acompanhamento de arroz, mandioca, vinagrete, farofa e creme de alho e R$ 5 o simples que é servido com mandioca. Eles pesquisaram por um ano antes de montar o local. Viram como funciona o comércio próximo e se tinham concorrência e só ai decidiram começar as vendas.

Eles contam que a freguesia ainda é pequena, mas ainda assim conseguem pagar os R$ 15 mil que investiram para construir e abrir o próprio negócio na frente do Hospital Regional, em Campo Grande. "Não temos lucro ainda, mas também não temos despesas. O dinheiro que ganhamos investimos em produtos", conta Manoel.

"É divertido, vem pessoal do hospital, do hotel e com isso, além de conseguirmos ganhar um dinheiro extra, a gente ainda ocupa o nosso tempo vago, já que trabalho durante o dia", conta Eliete.

A educadora Eliete da Cruz e seu pai Manoel Egues, viram na venda de espetinhos uma forma de aumentar a renda da família. (Foto: Gerson Walber)
A educadora Eliete da Cruz e seu pai Manoel Egues, viram na venda de espetinhos uma forma de aumentar a renda da família. (Foto: Gerson Walber)

Por semana eles contabilizam um rendimento de cerca de R$ 400 em média, mas já chegaram a faturar até R$ 1 mil. "Depende do movimento, as vezes faturamos só R$ 180, as vendas aumentam em dia de pagamento e conforme vai chegando o fim do mês vai diminuindo", diz Eliete. Mas eles são otimistas, e acreditam que daqui a alguns dias vão conseguir aumentar a freguesia e as vendas. "Estamos no começo, daqui uns dias a gente consegue aumentar as vendas", diz.

Inovação - Para o economista Tiago Queiroz, para se abrir o próprio negócio é preciso calcular os riscos, fazer planos de negócios para que já saiba as dificuldades que vai ter e pelo menos, nos primeiros meses, não depender apenas do empreendimento. "Tudo vai depender da oportunidade e da característica do empresário".

Questionado se é um bom momento para investir no negócio próprio, mesmo em época de crise, Tiago afirma que mesmo nesse período as pessoas não deixam de consumir. "Existe uma oportunidade na crise, é onde as pessoas mostram a inovação, ainda mais na alimentação, período de crise é período de gente criativa e inovadora. É onde vão sobreviver os fortes, que têm tudo na ponta do lápis", afirma.

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