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Economia

Dólar cai para R$ 5,42 após sinal de corte de juros nos Estados Unidos

Ibovespa dispara 2,57% e fecha na maior pontuação em 45 dias

Por Gustavo Bonotto | 22/08/2025 19:00
Dólar cai para R$ 5,42 após sinal de corte de juros nos Estados Unidos
Cédula do dólar, moeda utilizada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial caiu 0,95% nesta sexta-feira (22), negociado a R$ 5,42, após o presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, indicar a possibilidade de corte de juros em setembro. A desvalorização da moeda norte-americana ocorreu em meio ao discurso de Powell no simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos, que reforçou as apostas em uma política monetária mais flexível diante da desaceleração do mercado de trabalho.

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Dólar fecha em queda após sinalização de corte de juros nos EUA. A moeda norte-americana recuou 0,95% nesta sexta-feira (22), cotada a R$ 5,42, impulsionada pela fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, que indicou possível redução dos juros em setembro. O cenário levou a uma desvalorização do dólar frente a outras moedas, beneficiando mercados emergentes como o Brasil.A Bolsa brasileira, Ibovespa, reagiu positivamente, subindo 2,57% e atingindo 137.968 pontos, seu maior nível desde abril. Contribuíram para o resultado a busca por ativos de risco e a valorização das ações da Petrobras, após a nomeação de Bruno Moretti para o conselho da estatal. O otimismo também contagiou Wall Street e mercados europeus e asiáticos, que registraram ganhos expressivos. Analistas, contudo, ponderam os efeitos das tarifas impostas por Trump sobre produtos brasileiros, que podem influenciar as decisões do Fed.

Na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa avançou 2,57% e fechou aos 137.968 pontos, no maior nível desde 9 de abril. O movimento refletiu a maior procura por ativos de risco e foi impulsionado também pela valorização das ações da Petrobras, após a escolha de Bruno Moretti para presidir o conselho de administração da estatal.

Ao longo da semana, o mercado financeiro global oscilou entre cautela e otimismo. As tensões políticas envolvendo os Estados Unidos e declarações do ex-presidente Donald Trump sobre tarifas continuaram no radar, mas o foco se voltou para os rumos da economia norte-americana.

A expectativa de cortes nos juros levou investidores a reduzir a procura por títulos da dívida dos EUA. Com rendimentos menores, o dólar perdeu força frente a várias moedas, favorecendo países emergentes. No Brasil, esse movimento sustentou a alta da bolsa e ajudou a reduzir a cotação da moeda norte-americana.

Além disso, as falas de Powell repercutiram positivamente em Wall Street. O Dow Jones subiu 1,89%, o S&P 500 avançou 1,51% e o Nasdaq teve alta de 1,88%. Na Europa, o índice STOXX 600 alcançou o maior patamar em cinco meses, e na Ásia os mercados registraram ganhos históricos, puxados pelo setor de tecnologia.

Os analistas agora avaliam o impacto do tarifaço imposto por Trump sobre produtos brasileiros. Powell afirmou que as medidas ainda representam risco para a inflação nos Estados Unidos, o que pode limitar o espaço para cortes mais agressivos na taxa de juros. Mesmo assim, a expectativa majoritária é de redução já na próxima reunião do Federal Reserve.

Na semana, o dólar acumulou alta de 0,51%, mas mantém queda de 3,12% em agosto e de 12,20% no ano. O Ibovespa, por sua vez, somou ganho de 1,19% na semana, acumula alta de 3,68% no mês e de 14,70% no ano.

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