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Economia

Dólar fecha em baixa de 0,35% em novo dia de cautela e negócios reduzidos

Paula Dias (Estadão Conteúdo) | 08/06/2017 19:12

O agenda de eventos extensa e o noticiário variado desta quinta-feira, 8, não tiraram o mercado de câmbio do compasso de espera que se arrasta por toda a semana. As dúvidas quanto ao futuro do governo Michel Temer e o andamento das reformas estruturais voltaram a determinar um volume de negócios reduzido, além de alguma instabilidade nas cotações do dólar.

Os investidores dividiram as atenções entre o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o noticiário político doméstico e os eventos da "super quinta-feira" no mercado internacional, que contou com eleições no Reino Unido, reunião do Banco Central Europeu (BCE) e depoimento do ex-FBI James Comey, entre outros.

Pela manhã, o mercado parecia ainda procurar uma tendência para o dólar, que chegou a subir 0,45% na máxima do dia, cotado a R$ 3,2893 no mercado à vista. À tarde, no entanto, um movimento vendedor consolidou o viés de baixa e a cotação fechou aos R$ 3,2632, com queda de 0,35%.

Profissionais do mercado relacionaram o ganho de fôlego do real às sinalizações da maioria dos ministros do TSE de que não iriam incorporar as delações da Odebrecht em seus votos. A notícia a esse respeito foi comemorada por aliados do presidente Michel Temer e também pelos apoiadores da ex-presidente Dilma Rousseff. A sinalização foi recebida como um reforço nas apostas de absolvição da chapa eleitoral de 2014.

"Essa leitura de que não haverá a cassação da chapa já prevalecia desde ontem, reforçando a teoria de que a continuidade do governo Temer trará menor instabilidade política e maior chance de aprovação das reformas", disse Cléber Alessie Machado, operador da Hcommcor corretora. "A verdade é que o cenário permanece muito nebuloso, porque o mercado de fato não sabe qual será o melhor cenário para as reformas: se a saída ou a permanência do presidente", disse.

Com o resultado de hoje, o dólar acumula alta de 0,28% na semana e de 4,12% desde a deflagração da atual crise política, no dia 17 de maio, com a divulgação da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista.

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