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Economia

Dólar fecha em leve baixa com mercado focado em reformas e exterior

Niviane Magalhães (Estadão Conteúdo) | 07/08/2017 20:17

O dólar renovou mínima nesta tarde de segunda-feira, 7, ante o real depois que o petróleo terminou com perdas bem menores do que as observadas ao longo da sessão e diante da informação apurada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, de que o governo estuda lançar um pacote de medidas tributárias para garantir a arrecadação em 2018.

A queda da divisa americana, no entanto, foi limitada em meio ao fortalecimento da moeda ante divisas emergentes e ligadas a commodities. As negociações tiveram mais um dia de giro financeiro fraco, com o mercado atuando em compasso de espera em relação à reforma da Previdência.

De acordo com um gerente de mesa de derivativos, os investidores reagiram positivamente à informação de que a equipe econômica trabalha na elaboração de um pacote de medidas tributárias que deve atingir contribuintes de renda mais alta. Se adotadas em conjunto, as medidas têm potencial para reforçar o caixa do governo em, pelo menos, R$ 35,5 bilhões.

Além disso, o viés de baixa prevaleceu com a melhora do petróleo Depois de cair mais de 1,7% durante o pregão, a commodity terminou em leve baixa, com os investidores atentos à reunião de monitoramento do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Mais cedo, o dólar ficou bem próximo à estabilidade, ora em alta, ora em baixa. Profissionais de mercado destacaram que os agentes têm operado em compasso de espera em torno de novidades sobre a agenda de reformas, com destaque para a da Previdência. "O governo está tentando colocar em pauta toda uma agenda reformista que o mercado acreditava que já tinha perdido as chances. O governo está vendendo essa expectativa e o mercado está comprando", disse o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado Neto.

A fraqueza do Dollar Index, que compara a moeda americana contra uma cesta de seis moedas fortes, também contribuiu internamente, assim como o avanço de mais de 1% do Ibovespa. O risco Brasil medido pelo contrato de swap de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) de cinco anos fechou o dia a 195 pontos base, o menor nível no governo de Michel Temer.

Hoje foi mais um dia de giro financeiro fraco. Para o analista-chefe da Rico, Roberto Indech, contribuiu para esta trajetória a agenda vazia no início da semana e o compasso de espera com a reforma da Previdência.

No mercado à vista, o dólar terminou em baixa de 0,07%, aos R$ 3,1253. O giro financeiro somou US$ 555 milhões. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1210 (-0,21%) e, na máxima, aos R$ 3,1343 (+0,21%).

No mercado futuro, o dólar para setembro caiu 0,19%, aos R$ 3,1410. O volume financeiro movimentado somou US$ 8,26 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1355 (-0,36%) a R$ 3,1495 (+0,07%).

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