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Economia

Em 2017, plantações de eucaliptos em MS passam de 1 milhão de hectares

Mas logística, falta de infraestrutura e altas cargas tributárias são preocupação para o setor

Renata Volpe Haddad | 05/09/2017 11:21
Congresso foi realizado nesta quarta-feira (5), em Campo Grande e discutiu o setor de florestas, no Estado.
Congresso foi realizado nesta quarta-feira (5), em Campo Grande e discutiu o setor de florestas, no Estado.

Mato Grosso do Sul completou em 2017, um milhão de hectares de eucaliptos plantados, se destacando no cenário nacional, mas logística e falta de infraestrutura ainda são problemas que limita o avanço do setor no Estado.

Os desafios e conquistas do setor florestal no Estado, foram discutidos nesta terça-feira (5), no 5º Congresso MS Florestal, realizado em Campo Grande.

De acordo com o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária), Maurício Saito, em 2009, o plano estadual de florestas era que o Estado alcançasse esse número apenas em 2030. "Mas já atingimos um milhão de hectares de eucaliptos plantados, tudo por causa do trabalho feito em conjunto com produtores e dos investimentos feitos no setor", disse.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), esteve presente no congresso e afirmou ser uma conquista atingir um milhão de floresta plantada. "Essa conquista deve-se a várias mãos que trabalharam juntas. A cadeia produtiva é importante para Mato Grosso do Sul, e temos capacidade de expandir ainda mais, recuperando pastagens e plantando mais florestas".

Para o presidente da Reflore MS, Moacir Reis, o número é uma conquista, mas o que limita é a logística de transporte, carga tributária e infraestrutura. "As estradas vicinais do Estado aumentam muito o custo de produção e para que o produtor volte a plantar, vai depender da retomada de compra de mercado. Mas o cenário hoje é o produtor esperando antes de plantar", define.

Outro fator que preocupa também, é em relação a queda no preço da madeira, devido a oferta e demanda, segundo Reis. "Tem muita oferta de madeira no mercado, se plantou muita floresta, as fábricas precisam de matéria prima, mas existe uma sobra de madeira e o preço caiu. As altas cargas tributárias também acabam sendo um limitador de expansão".

De acordo com o secretário da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, há financiado já, mais 20 mil hectares para plantio de eucalipto. "Toda essa produção vai para celulose, madeira, carvão e a expansão deve-se a política de incentivo forte para isso, só que 200 mil hectares está sem destino. Para isso estamos buscando mais empresas e também vai ter um leilão de biomassa no fim do ano". 

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