ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Economia

Em Brasília, Reinaldo fala de agiotagem em juros de dívida com a União

Priscilla Peres | 19/04/2016 14:38
Reinaldo tem tentado na Justiça, mudar o juros da dívida com a União. (Foto: Fernando Antunes)
Reinaldo tem tentado na Justiça, mudar o juros da dívida com a União. (Foto: Fernando Antunes)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou nesta manhã de reunião com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin sobre a taxa utilizada para o cálculo da dívida com a União. Outros cinco Estados estiveram presentes no encontro realizado em Brasília.

Reinaldo viajou acompanhado do secretário de Fazenda, Marcio Monteiro, que explicou que o Estado já conseguiu na Justiça, liminar favorável a mudança na cobrança. O pedido, de recalcular o débito considerando a taxa básica Selic, já tem precedentes favoráveis no Supremo.

"Estamos aguardando a decisão do STF", disse o secretário. Sobre a reunião, Monteiro afirma que foi produtiva e que todos os governadores tiveram oportunidade de falar. "Ele (Reinaldo) foi enfático no sentido de que não estamos discutindo o contrato, não estamos nos negando, apenas discordando da forma como a união vem utilizando o cálculo da divida".

Segundo o Estadão, durante a reunião,Reinaldo Azambuja afirmou ter refinanciado R$ 1,383 bilhão e ter pago, até março de 2016, R$ 4,271 bilhões, e ressalta ter um saldo devedor de R$ 3,035 bilhões. "É a conta da agiotagem oficial que os Estados tiveram que pagar nesse período".

Após reunião, o ministro Edson Fachin, do STF, disse a Agência Brasil que governo federal e governadores apresentaram questões relevantes. “Não foi outro o sentido da reunião, senão o de contribuir para que a corte busque maiores informações e para que se concretize o chamado federalismo cooperativo”, disse ele.

Levantamento - Dados do Ministério da Fazenda divulgados pela Folha, mostram que Mato Grosso do Sul pode ser beneficiado caso a União mude o cálculo da dívida dos estados, recebendo R$ 177 por habitante, com a mudança de juros simples ao invés de compostos.

De acordo com a Folha, cálculo feito pelo Tesouro Nacional e a Consultoria Legislativa do Senado, a dívida de todos os Estados seria reduzida em 78% com uma decisão favorável aos governos regionais, um prejuízo de R$ 313 para a União.

Além de MS, outros cinco estados se beneficiariam com a mudança no cálculo. Segundo a matéria da Folha, São Paulo, por exemplo, receberia R$ 1.583. Esse valor corresponde a diferença entre o ganho que o cidadão paulista terá como contribuinte estadual e o valor que terá de pagar como contribuinte federal.

Nos siga no Google Notícias