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Economia

Em cinco anos, PIB do Estado cresce 102% e industrialização salta 155%

Aline dos Santos e Edivaldo Bitencourt | 27/11/2013 17:05
Indústria da celulose em Três Lagoas impulsionou a industrialização do Estado (Foto: João Garrigó/Arquivo)
Indústria da celulose em Três Lagoas impulsionou a industrialização do Estado (Foto: João Garrigó/Arquivo)

A soma das riquezas produzidas em Mato Grosso do Sul cresceu 102% nos últimos cinco anos. Em 2006, o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado era de R$ 24,3 bilhões. Em 2011, o total saltou para R$ 49,2 bilhões. O desempenho estadual, desde a posse do governador André Puccinelli (PMDB), em janeiro de 2007, foi acima do registrado no Brasil. Em âmbito nacional, o crescimento do PIB nos últimos cinco anos foi de 74,8%.

Em meia década, os números do Estado sofreram forte influência do processo de industrialização, iniciado em 2007. Para efeito de comparação, o setor respondia por R$ 3,8 bilhões em 2006. Cinco anos depois, chegou a R$ 9,7 bilhões, um crescimento de 155%, o dobro da média nacional.

A análise do desempenho econômico revela que Mato Grosso do Sul se beneficiou do crescimento da agricultura e da indústria. Neste cenário de fôlego para os setores primário e secundário, cresceu o segmento de comércio e serviços.

“Os bons resultados se devem ao crescimento do setor primário, mas em especial ao setor terciário, de serviços, que cresceu muito. A proximidade com São Paulo oportunizou diversas condições de investimentos, o nosso crescimento na Costa Leste foi extraordinário, muito, muito acima do crescimento brasileiro”, afirma o titular da Semac (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia), Carlos Alberto Negreiros Said Menezes.

Na região, Três Lagoas se projeta com o aporte de gigantes do setor da celulose. O cultivo do eucalipto reina pelos 300 quilômetros entre Campo Grande e a cidade na divisa com São Paulo, que faz jus à alcunha de Capital da Celulose.

“Apesar de o Estado sempre ser entreposto comercial, nunca teve diversidade quanto agora”, analisa o secretário, sobre a atratividade para o setor de comércio e serviços, que representou 63,14% na formação do PIB em 2011.

Conforme relatório da Semac, a partir de 2006 o Estado iniciou uma fase de recuperação do setor agropecuário, após dois anos de desempenho negativo. Sob efeitos da crise financeira internacional, o ano de 2009 teve pequeno crescimento do PIB, de 0,42%. No Brasil, o resultado foi bem pior: -0,33%.

Em 2010, com a economia nacional crescendo 7,53%, o PIB do Estado também teve melhor resultado: crescendo 11,01%. Os números foram impulsionados pela agropecuária e a atividade industrial.

Governador fez um balanço da gestão na Assembleia nesta quarta-feira (Foto: Cleber Gellio)
Governador fez um balanço da gestão na Assembleia nesta quarta-feira (Foto: Cleber Gellio)

Para o governador André Puccinelli, o crescimento da economia, principalmente da indústria, reflete o planejamento estratégico adotado no primeiro ano de mandato. Na ocasião, ele dividiu o estado em oito zonas e fez o levantamento do potencial econômico de cada região.

Neste período, por meio da concessão de incentivos fiscais, 252 indústrias investiram aproximadamente R$ 30 bilhões no Estado. Só no setor de açúcar, etanol e energia, foram 14 novas usinas, elevando o plantel do setor de 11 para 25 unidades no Estado. Foram duas novas fábricas de fertilizantes.

Segundo o governador, foram quase 100 mil empregos diretos criados com a instalação das novas indústrias.

Para manter a política de investimentos, o Governo lançou, em setembro, o programa MS Forte 2, que prevê investimentos de R$ 3,6 bilhões na pavimentação de rodovias, construção de hospitais e do campus da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande. 

 

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