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Economia

Em MS, 52,5% pretendem guardar o dinheiro extra das contas inativas

Pesquisa mostra que 24% querem pagar dívidas e 22% planejam ir às compras

Osvaldo Júnior | 12/06/2017 14:44
Fila para realizar o saque do FGTS em agência da Caixa em Campo Grande
Fila para realizar o saque do FGTS em agência da Caixa em Campo Grande

Ao menos por enquanto, mais da metade dos valores sacados das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em Mato Grosso do Sul não movimentarão a economia. Levantamento do IPF/MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS), divulgado na tarde desta segunda-feira (dia 12) mostra que 52,5% dos sul-mato-grossenses com direito ao saque não têm, no momento, pretensão de usar o dinheiro extra.

A pesquisa foi feita de 29 de maio a 9 de junho em dez municípios, com amostras mais significativas em quatro: Campo Grande, Dourados, Aparecida do Taboado e Ponta Porã. Dos entrevistados, 24,79% disseram que vão pagar dívidas, 22,65% querem fazer compras e 52,56% não pretendem utilizar o dinheiro, ao menos não fizeram planos para isso.

Conforme a Caixa Econômica Federal, estão sendo liberados a trabalhadores de Mato Grosso do Sul o total de R$564 milhões relativos às contas inativas do FGTS. Considerando esse montante, os desembolsos para pagamentos de dívidas representam valor aproximado de R$ 147 milhões e a parcela que vai às compras gastaria cerca de R$ 113 milhões (de acordo com a variação dos valores que estão sendo sacados).

Nesse mesmo cruzamento de dados, deixaria de circular, de imediato na economia, montante próximo de R$ 296 milhões.

Municípios – Em Dourados, está o maior número relativo de pessoas que pretendem guardar o dinheiro do saque (62%). Na sequência, entre os municípios com maior volume de amostragem, aparecem Aparecida do Taboado (56,67%), Campo Grande (50,88%) e Ponta Porã (50%).

Reflexos – Para a economista do IPF MS, Daniela Dias, os resultados indicam busca das famílias de regularizar as finanças. “Os dados reforçam um cenário favorável de resgate do poder econômico das famílias, já que as respostas sugerem que – entre as que vão pagar contas - afirmam que vão quitar dívidas relacionadas à prestação da casa própria”, afirmou.

Daniela nota também que o setor da construção civil pode estar entre os mais beneficiados. “Vislumbramos uma reação nas vendas de produtos do segmento da construção, já que – entre as que pretendem fazer novas aquisições – muitas afirmam que vão investir em reformas, consertos, equipamentos de construção”, observou.

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