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Economia

Em MS, 53 mil famílias perderam benefício da tarifa social desde 2019

Nos meses de janeiro e fevereiro foram 17 mil famílias que não fizeram o cadastro, segundo a Energisa

Rosana Siqueira | 10/03/2020 17:15
Recadastramento pode ser feito nas agências da Energisa. (Divulgação)
Recadastramento pode ser feito nas agências da Energisa. (Divulgação)

Somente em janeiro e fevereiro deste ano, 17 mil benefícios da Tarifa Social de Energia Elétrica foram revogados em Mato Grosso do Sul. Com isso 53 mil famílias perderam o benefício desde o ano passado. Os número são da Energisa e apontam que o principal motivo está na falta de atualização cadastral dos beneficiários, que somam 143 mil famílias no Estado. Quem perdeu a tarifa pode novamente tentar o recadastramento desde que se enquadre em critérios do programa.

A atualização inclui, por exemplo, o Número de Identificação Social (NIS) que precisa ser renovado a cada dois anos e pode culminar no cancelamento automático do Programa Federal que concede desconto na conta de energia, dependendo da faixa de consumo. 

No entanto, o aumento da renda familiar e a expiração da validade do relatório médico dos clientes enfermos, também são motivos para o desenquadramento do benefício. “Todos os meses recebemos, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), um relatório geral sobre as famílias que perderam o benefício, e identificamos que esse número vem crescendo a cada mês, contrapondo todo trabalho realizado por nossas equipes que percorrem o estado promovendo campanhas de inclusão na TSEE”, explica Jonas Ortiz Rudis, coordenador Comercial da Energisa.

Para manter o cadastro ativo, é necessário seguir alguns critérios, como por exemplo, atualizar o Número de Identificação Social (NIS) a cada dois anos, no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) dos municípios. Entretanto, outras condições também garantem a continuidade do benefício.

“Se enquadrar nos critérios de renda, não possuir duplicidade na TSEE e manter sempre em dia o relatório médico - nos casos em que clientes são enfermos e dependem de equipamentos que demandem consumo de energia elétrica”, explica Ortiz, que alerta sobre casos da desatualização do NIS. “Quando isso ocorrer, será necessário também refazer a renovação junto à Energisa”, finaliza.

Em Mato Grosso do Sul, 143 mil famílias baixa renda estão cadastradas na Tarifa Social. “Se analisarmos os últimos quatro anos, houve aumento de quase 40% dos inscritos. Mas ainda 83 mil famílias têm potencial para integrar ao programa, sendo que a maioria desconhece sobre esse direito”, finaliza.

Equipes da Energisa estiveram em aldeias e na área rural fazendo cadastramento.
Equipes da Energisa estiveram em aldeias e na área rural fazendo cadastramento.


Como funciona? - É um direito que garante desconto na conta de energia elétrica para famílias baixa renda, indígenas ou quilombolas - dependendo da faixa de consumo. Quando for de até 30 kWh, o desconto será de 65%; quando for de 31 a 100 kWh, a redução será de 40%; quando atingir a faixa entre 100 a 220 kWh, o desconto será de 10%.

Pessoas com moradia fixa na zona rural, remanescentes de quilombos e indígenas, possuem tarifas diferenciadas: como à isenção do valor para os primeiros 50 kWh consumidos, bem como desconto na conta de luz, que pode chegar a 50%, dependendo da faixa de consumo.

Podem participar pessoas inscritas no Cadastro Único, que tenham renda inferior a meio salário mínimo; pessoas que possuem o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), ou ainda, pessoas com doença dependentes de aparelhos que demandem consumo de energia elétrica.

Para se inscrever na TSEE, é necessário comparecer a uma agência da Energisa, apresentar o Número de Identificação Social (NIS) atualizado, juntamente com documento de identificação com foto e uma conta de energia elétrica. No caso de indígenas e quilombolas, é necessário o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI).

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