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Economia

Em protesto por reajuste, bancários atrasam abertura de agências

A categoria está na nova rodada de negociação e pede um ganho real de 5% às instituições financeiras

Geisy Garnes | 22/08/2018 10:59
Agência da Caixa na Avenida Eduardo Elias Zahran (Foto: Geisy Garnes)
Agência da Caixa na Avenida Eduardo Elias Zahran (Foto: Geisy Garnes)

Todas as agências bancárias da Avenida Eduardo Elias Zahran vão abrir uma hora mais tarde nesta quarta-feira (22), em Campo Grande. A paralisação de uma hora organizada pelo SEEBCG-MS (Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região) acontece em apoio à campanha nacional dos bancários, que hoje entra na nova rodada de negociação.

Ao Campo Grande News, a secretária de Finanças do sindicato, Neide Maria Rodrigues, explicou que a cada dia de negociação uma ação diferente será feita pela categoria. Ontem, os diretores do SEEBCG-MS percorreram as agências da Capital para conscientizar os bancários sobre a situação e hoje os bancos que ficam na Zahran abrirão com uma hora de atraso.

Enquanto isso, representantes dos bancários de todo Brasil se reúnem com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em São Paulo para uma nova tentativa de negociação. Nesta terça-feira, a Fenaban apresentou uma nova proposta com 0,5% de aumento real por dois anos, que foi rejeitada pela categoria.

Agência da Caixa abrirá às 12 horas (Foto: Geisy Garnes)
Agência da Caixa abrirá às 12 horas (Foto: Geisy Garnes)
Agência do Banco Itaú na Avenida Eduardo Elias Zahran também irá atrasar o atendimento (Foto: Direto das Ruas)
Agência do Banco Itaú na Avenida Eduardo Elias Zahran também irá atrasar o atendimento (Foto: Direto das Ruas)

Para os bancários, o percentual não é apenas abaixo do que a categoria espera, mas também menor do que os banqueiros podem pagar, “considerando os lucros recordes de R$ 47,4 bilhões no ano passado e R$ 31,6 bilhões só no primeiro semestre de 2018”.

Hoje a categoria pede um ganho real de 5% e a garantia dos direitos adquiridos na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). “Todos os anos assinamos um pré-acordo que garante a CCT, mas por conta das novas leis trabalhistas eles se negam a assinar. O que queremos, principalmente, é a garantia dos direitos dos empregados”, defende.

Segundo Neide, a data-base para a assinatura do CCT é 31 de agosto, se até lá não houver avanço nas negociações, a categoria entrará em greve. “Queremos esgotar as propostas que contemplam a categoria, mas se não houver mudança vamos entrar em greve”, afirmou Rodrigues. As rodadas de negociação devem acontecer até quinta-feira (23).

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