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Economia

Ex-administradores do Grupo Rede permanecem com bens bloqueados

Priscilla Peres | 20/11/2014 15:32

Três executivos e um acionista do Grupo Rede, ex-controlador da Enersul e que pediu recuperação judicial no ano passado, foram indiciados e estão com os bens bloqueados confirme decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O grupo perdeu o controle de nove distribuidoras ao enfrentar dificuldade financeira.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico hoje, o processo de responsabilização pelo colapso do grupo envolveu o então acionista controlador, Jorge Queiroz de Moraes Junior, e os três executivos, Carmen Campos Pereira, José Carlos Santos e Ariel Vilchez.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o Banco Central, a Polícia Federal e o Ministério Público (federal e estadual) têm 60 dias para se manifestar a respeito da decisão da diretoria da Aneel que prevê a possibilidade de desbloqueios de bens. Havendo ou não a manifestação, o aval ao desbloqueio deverá ser dado pela diretoria da autarquia.

A dificuldade financeira do Grupo Rede chegou ao auge em agosto de 2012, com o pedido de recuperação judicial apresentado para a Celpa, distribuidora do Pará e determinação de intervenção feita pela Aneel nas oito distribuidoras do grupo que operam nos Estados de Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.

A Justiça aceitou o plano de recuperação da Celpa apresentado pela Equatorial Energia, que hoje detém o controle da concessionária paraense. As demais empresas passaram para as mãos do Grupo Energisa em abril de 2014, após propor investir R$ 1,1 bilhão para sanar as dividas das empresas do Grupo Rede.

As distribuidoras, Enersul (MS), Força e Luz do Oeste (PR), Caiuá (SP), Companhia Nacional (SP), Paranapanema (SP), Bragantina (SP), Cemat (MT) e Celtins (TO), antes pertencentes ao grupo Rede, agora são administradas pela Energisa.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, contestou as alegações dos ex-administradores do Grupo Rede e disse que eles estariam em uma posição “longe de não ter causado prejuízo importante” para as empresas. “É claro que essa condução que foi feita pelo Grupo Rede trouxe prejuízos às empresas e às concessões”, ressaltou.

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