Exploração de área pode diversificar economia de MS, diz secretário
A aquisição pela Petrobras de um bloco da Bacia do Rio Paraná pode impulsionar a diversificação da economia de Mato Grosso do Sul. A expectativa é do titular da Semagro (Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck. Nesta quarta-feira (27), a petrolífera arrematou por R$ 1,69 milhão o lote durante leilão realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) no Rio de Janeiro.
Além do desembolso de R$ 1,69 milhão na compra, a Petrobras investirá mais R$ 20,5 milhões no local. É a primeira vez que áreas no Estado poderão ser perfuradas para exploração de combustíveis. Na avaliação de Verruck, esse cenário contribui para o desenvolvimento do Estado e diversificação da base econômica.
“Se nós tivermos possibilidade de produção de gás natural em Mato Grosso do Sul, nós teríamos mais uma fonte energética, teríamos opção de royalties a esses municípios e teria possibilidade de diversificação da nossa base econômica. Então nós somos cautelosos, mas seria extremamente positivo para a economia do estado”, avaliou Verruck.
O secretário afirmou, ainda, que não é possível mensurar o potencial para combustíveis, mas que há estudos indicativos de existência de petróleo na Bacia do Paraná. “O que existe hoje, dado aos estudos geológicos e as características é de que há a possibilidade de encontrar gás natural e petróleo na região lindeira ao rio Paraná”, disse.
Por se tratar de exploração terrestre a expectativa é de que os volumes sejam bem menores que no mar, mas devido as condições de subsolo, é normal que tenha mais gás natural do que Petróleo.
Ainda de acordo com o secretário, no ano passado a ANP solicitou ao Governo do Estado informações sobre essas áreas com potencial para exploração. “Eles queriam saber se essas áreas eram de baixo impacto ambiental e se não estavam em áreas de conservação, mas o Imasul informou que não”, contou.
Protestos – O leilão da ANP foi marcado por protestos de manifestantes contrários à exploração de petróleo. Eles tentaram entrar no local onde era realizado o certame, no Windson Barra Hotel, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Os manifestantes foram detidos por seguranças e impedidos de entrar. Apesar da tensão, o leilão prosseguiu normalmente.