ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 20º

Economia

Grupo Enzo oficializa compra da Citroën e planeja novas unidades

Renata Volpe Haddad | 15/01/2016 10:52
Carros da Peugeot já podem ser vistos na concessionária Citroën. (Foto: Gerson Walber)
Carros da Peugeot já podem ser vistos na concessionária Citroën. (Foto: Gerson Walber)

O Grupo Enzo comprou mais duas bandeiras sendo a Nissan e a mais recente consolidada em janeiro deste ano, a Citroën. Agora, são mais de 15 concessionárias e 17 marcas em Campo Grande, entre Fiat, Chevrolet, Jeep, Land Rover, Mercedes Benz, Toyota, Pegeuot, Harley Davison, Jaguar, Dodge, Chrysler, Ram, Volare e Agrale.

Além das concessionárias em Mato Grosso do Sul, existem uma da Toyota em Presidente Prudente e a Rota 65 Harley Davison, em Cuiabá. Conforme explica o diretor de Inteligência Competitiva e Marketing do Grupo Enzo, Sanchae Camatti, são mais concessionárias do que marcas. "Além dessas em outras cidades, temos duas concessionárias da Fiat em Campo Grande e empregamos atualmente mil funcionários", explica.

Com 32 anos de existência, o grupo empresarial é o maior do Estado e um dos maiores do país e compreende também corretora de seguros, empresa que atua com despachante, emplacamento e uma empresa especializada em funilaria e pintura.

Segundo Sanchae, a negociação com a Citroën ocorre desde o ano passado, por orientação da PSA mundial. "A PSA é a união da duas bandeiras que é a Peugeot e a Citroën, com projeto que chama Sistema Y, onde se comercializa as duas marcas e convergem para um único canal de pós vendas, ou seja, a parte de manutenção, oficinas, peças, atendimentos de pós venda ao cliente é o mesmo", alega.

O diretor explica que a união das duas bandeiras já ocorreu na França, país de origem das marcas, e por um motivo de diminuição de custos, já que há um nível alto de peças idênticas da Peugeot e Citroën.

Para os clientes da Peugeot, o que muda é apenas o endereço da concessionária Monet, que será transferida ao longo deste ano, para a Motor3 France, localizada na rua Joaquim Murtinho. "Já temos alguns carros no pátio de onde é a Citroën e o que mudou foi apenas a administração e estamos unindo duas operações, não diminuindo o volume de trabalho, sendo que os funcionários não serão demitidos", afirma.

Grupo Enzo compra Citroën e une marca com Peugeot. (Foto: Gerson Walber)
Grupo Enzo compra Citroën e une marca com Peugeot. (Foto: Gerson Walber)

Crise - Conforme o diretor, ninguém do segmento automotivo estava preparado para a queda nas vendas em 2015. "Fábricas estavam com os pátios lotados de automóveis, o que significa que eles estavam produzindo sem imaginar que as vendas cairiam tanto", explica.

Sanchae lembra que a partir do segundo semestre de 2015, os consumidores começaram a ficar cautelosos. "Nos antecipamos imaginando o que poderia acontecer e começamos a nos prevenir, ajustando estoques, fazendo ajuste de custo e investimentos e sem que isso chegasse a demissão de pessoas, o que não aconteceu. A nossa maior preocupação era não deixar de ser competitivo, pois o cliente não deixa de comprar, mas de uma maneira mais cautelosa", comenta.

Sobre o fechamento de 2015, o diretor afirma que houve queda no mercado inteiro e em Campo Grande, o número de emplacamentos caiu de 2,5 mil para 1,5 mil veículos emplacados. "Ajustamos a operação para ficarmos competitivos para abaixar um pouco os custos, sendo que as fábricas começaram a trabalhar com alguns bônus e ofertas. ", informa.

2016 – Sanchae explica que o segmento automotivo é o que mais segue com a economia. "Na virado do ano, vemos que as fábricas que tem influência do dólar estão aplicando aumentos de até 20%, as montadoras nacionais também estão aumentando os preços, porém elas estavam diluindo isso mês a mês e outras seguraram o que puderam, mas tiveram que aumentar os preços", diz.

Para este ano, o Grupo Enzo fez um estudo de mercado e fechou o orçamento de 2016 preparado para o tamanho do mercado atual. "O segmento automotivo do Brasil inteiro se adequou ao novo tamanho de mercado. Adquirimos a Nissan, Chevrolet, a Citroën e agora neste ano temos muitos planos, por sermos um grupo sólido e estruturado", finaliza.

Nos siga no Google Notícias