Índice de Negativação do Comércio da Capital registra alta no mês de dezembro
INC medido pela Associação Comercial de Campo Grande no mês passado superou novembro e igual período de 2016; recuperação de crédito também cresceu em dezembro
O INC (Índice de Negativação do Comércio), apurado pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) encerrou dezembro de 2017 em 41 pontos, 16 acima do indicador de novembro –que chegou a 25– e seis a mais que o de igual período de 2016 (35 pontos). Os números foram divulgados nesta segunda-feira (29), ao lado também do IRC (Índice de Recuperação de Crédito), que aponta números correspondentes.
Conforme a ACICG, o IRC do mês passado foi de 55 pontos, ante os 43 indicados em novembro, mas sete pontos abaixo dos números de dezembro de 2016 (62).
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“O aumento do Índice de Recuperação em dezembro de 2017 é consistente com o comportamento sazonal, mas ficou abaixo de dezembro de 2016. Já o Índice de negativação cresceu tanto em relação ao mês anterior [novembro], quanto ao ano anterior [2016]”, ressalta o economista-chefe da ACICG, Normann Kallmus.
Os dados sobre negativação e recuperação de crédito foram divulgados no mesmo dia em que a ACICG apontou melhora na atividade varejista em 2017. Os números médios do ano passado superaram 2016, o que levaram a entidade a prever que 2018 será um período de recuperação na atividade.
Kallmus avalia que 2018 pode ser o ano que marcará a saída da crise, desde que haja “capacidade” para tanto. “O primeiro requisito essencial é a confirmação da condenação do ex-presidente Lula. A situação melhora se ele não puder ser candidato definitivamente, e fica realmente interessante se tivermos um candidato reformista, comprometido com mudanças e não com a manutenção do poder. Isso significa muito para a economia, pois os agentes econômicos vivem de expectativas e, hoje, simplesmente não há horizonte visível no Brasil. Tudo pode acontecer, até mesmo virarmos uma Venezuela grande”, pontuou.
Já o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, considera que os números de 2017, em conjunto, indicam o início de uma caminhada para fora do cenário de crise, a ser consolidado neste ano. “A perspectiva para 2018 é positiva. Os meses de janeiro, fevereiro historicamente são de baixa para o comércio, mas em março haverá a retomada, tendendo a ser mais forte que no ano passado”, acredita.