ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Economia

Inflação em 2013 pode ser menor que no ano passado, aponta Ministério da Fazenda

Wellton Máximo, da Agência Brasil | 28/06/2013 23:33

Apesar de o Banco Central (BC) ter elevado para 6% a previsão de inflação para este ano, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse que a equipe econômica continua trabalhando com a possibilidade de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrar o ano abaixo dos 5,84% registrados em 2012. Segundo ele, a queda no preço dos alimentos e de bens duráveis e não duráveis permite que essa possibilidade seja considerada pela Fazenda.

“Um IPCA menor que o de 2012 é uma possibilidade e o governo está trabalhando com isso. Diversos produtos que pressionaram a inflação nos últimos anos, como o tomate e o arroz, têm apresentado queda consistente. Os alimentos, que chegaram a responder por 50% do IPCA em vários momentos nos últimos dois anos, hoje só representam 25% do índice”, explicou. Holland mencionou ainda os itens da cesta básicos, que foram desonerados em março e, segundo ele, também contribuíram para a queda do preço dos alimentos.

O secretário também destacou um recuo nos preços de bens duráveis e não duráveis. Segundo ele, isso pode ser traduzido pelo índice de difusão do IPCA, indicador que mostra o percentual de preços que subiram nos meses pesquisados. “Em janeiro, o índice de difusão chegou a 75% dos preços. Em maio, estava em 61,6%”, ressaltou.

Em relação à alta do dólar, que pode pressionar a inflação por causa das mercadorias importadas ou com componentes importados, Holland disse que ainda é preciso esperar o momento de turbulência no sistema financeiro internacional passar para saber em que nível o câmbio se acomodará. “Tivemos uma revisão na paridade atual, mas não sabemos exatamente para onde o câmbio vai. Temos de acompanhar um pouco mais antes de fazer uma estimativa sobre o impacto do dólar na inflação”, declarou.

Apesar do aumento da moeda norte-americana, o secretário alegou que os repasses do câmbio para a inflação no Brasil estão cada vez menores: “A taxa de transferência das variações do câmbio para a inflação são declinantes”.

O secretário fez as declarações ao comentar a definição da meta de inflação para 2015, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Embora tenha ressaltado que a inflação esteja sob controle e descartado o risco de que o IPCA estoure o teto da meta (6,5%), Holland não quis projetar um prazo em que o índice convergirá para o centro da meta.

“Esperamos que a inflação chegue à meta no médio prazo, como é no regime de metas quando temos um quadro de choque de oferta. A inflação tem estado nos últimos dez anos controlada e dentro dos intervalos de tolerância estabelecido”, explicou o secretário. De acordo com ele, o intervalo de tolerância existe justamente para permitir a acomodação de choques de oferta, como as secas e as chuvas que elevaram o preço dos alimentos, sem comprometer a atividade econômica.

Nos siga no Google Notícias