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Economia

MRV assina compromisso que dará capacitação profissional a trabalhadores

Luciana Brazil e Leonardo Rocha | 24/07/2014 12:10
Trabalhadores se reúnem em evento que vai oferecer capacitação profissional e aumento de escolaridade. (Fotos: Marcos Ermínio)
Trabalhadores se reúnem em evento que vai oferecer capacitação profissional e aumento de escolaridade. (Fotos: Marcos Ermínio)

Debaixo de chuva e mesmo sem a presença do secretário geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, que vinha de Brasília e não conseguiu pousar em Campo Grande, foi assinado na manhã de hoje (24) o termo de adesão da construtora MRV Engenharia ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Construção Civil.

O Comprmisso é uma iniciativa do governo Federal que tem o objetivo de resolver conflitos e melhorar as relações nos canteiros de obra, beneficiando os trabalhadores do setor. Dois representantes, um da categoria e outro da empresa, são responsáveis por intermediar a demanda dos trabalhadores e resolvê-las junto à construtora. O acordo, que não é obrigatório, é um acordo tripartite, entre o governo Federal e as entidades sindicais e patronais.

A obra precursora na Capital, no bairro Pioneiros, tem 720 unidades, aproximadamente 300 funcionários, e deve ficar pronta em 2016. Esse é o primeiro empreendimento em Mato Grosso do Sul a aderir ao Compromisso Nacional. A MRV é a única no país a se alinhar à iniciativa e em 11 estados a medida já foi estabelecida. Conforme o diretor de relações internacionais da MRV, Sergio Lavarini, são 21 obras em todo país, já que em alguns estados várias obras aderiram ao acordo.

A Arena Pantanal, estádio construído pela MRV para a Copa do Mundo no Brasil, evento que terminou no dia 13 deste mês, foi um dos empreendimentos alinhados ao Compromisso Nacional.

O assessor especial da Secretaria-geral da Presidência, José Feijoó, substituio o ministro na cerimônia porque já estava na Capital. Ele afirmou que esta iniciativa do governo Federal aconteceu por causa de muitos conflitos no setor. “O governo sentiu a necessidade de fazer essa interlocução. Esses representantes vão poder discutir questões como alimentação, salários”, frisou.

Izidro Morejuan, 48 anos, funcionário da obra e representante do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), ouvirá três horas por semana as demandas dos funcionários, de acordo com as diretrizes do Compromisso Nacional. Já a representação da empresa ficará a cargo de Henrique Leria Martins Junior, encarregado administrativo do canteiro de obra da MRV.

“Estou há 30 anos na construção civil e tenho certeza que isso vai diminuir os contratempos nos canteiros. A categoria terá acesso à empresa, por meio de reuniões semanais”, frisou.

O presidente do Sintracom, José Abelha, disse que o termo irá ajudar a evitar conflitos “tanto em relação ao direito do trabalhador, quanto a questão da segurança”. São 30 mil trabalhadores na construção civil em Campo Grande.

O diretor de relações internacionais disse ainda que a adesão não é obrigatória, mas a empresa decidiu fazer adesão ao acordo. “Nesta obra são 300 pessoas que poderão receber capacitação profissional, e aumento de escolaridade, que é o modelo de alfabetização. Como a obra vai até 2016, um grande número de trabalhadores poderá passar por essa capacitação”.

Também presente no evento, o presidente da Fetiricom (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Mato Grosso do Sul), Marco Cesar Ribeiro, afirmou que a ação irá facilitar a resoluçãoi de conflitos, principalmente em áreas como segurança do trabalho. "Haverá diminuição dos acidentes, além de aproximar o trabalhador da sua empresa. O funcionário poderá receber capacitação de mão de obra", comemorou.

Compromisso- Além da capacitação profissional e do aumento da escolaridade, outras quatro diretrizes norteiam o Compromisso Nacional - o recrutamento e seleção de trabalhadores por meio do Sine (Sistema Nacional de Emprego), a presença de um representante sindical no canteiro que possa ouvir as demandas da categoria e resolvê-las junto à empresa, uma estrutura de relacionamento com a comunidade e a formação de uma Comissão de Saúde e Segurança do Trabalho, com estrutura ambulatorial na construção. Em alguns casos, a construtora não precisa alinhar à obra a todos os requisitos.

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