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Economia

MS tem condições de cobrir demanda aberta com quebra de safra cubana

Segundo Famasul, impactos econômicos não seriam grandiosos, já que país caribenho não é um dos maiores exportadores.

Ricardo Campos Jr. | 06/02/2018 12:46

A suspensão nas exportações de cana-de-açúcar por Cuba não deve afetar o Brasil e consequentemente Mato Grosso do Sul de forma grandiosa, mas ambos têm condições de ampliar, mesmo que timidamente, o mercado para os clientes do país caribenho, segundo análise da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado).

O furacão irma e as chuvas prejudicaram as plantações cubanas, que também devem ter dificuldades em atender a demanda interna.

A analista técnica do Sistema Famasul Eliamar Oliveira lembra que o Brasil já é o maior exportador desse produto do mundo. Em 2017, segundo ela, Cuba vendeu 1,1 milhão de toneladas de cana, o que representou apenas 3,8% de tudo o que foi negociado pelo país.

“Os principais destinos do açúcar de Cuba, que são a China e Indonésia, são também parceiros do Brasil. Em 2017, 970 mil toneladas foram enviadas à Indonésia e 333 mil à China. É importante destacar que o Brasil teria condições de ampliar mercado com esses países, considerando os termos das relações comerciais em que pese taxas e impostos”, diz a analista.

As usinas de Mato Grosso do Sul processaram 43,650 milhões de toneladas de cana-de-açúcar desde o início da safra, em abril do ano passado, até a primeira quinzena de janeiro, cerca de 5% a menos do que no mesmo período do ano passado segundo a Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul).

Foram produzidas no estado 1,5 milhão de toneladas de açúcar e 2,5 bilhões de etanol. O estado tem 800 mil hectares de plantações de cana e mais de 70% do que é colhido vai para a produção de etanol. A produção desse combustível é priorizada porque tem maior rentabilidade em comparação com o açúcar.

A Biosul acrescenta ainda que o estado ainda está na fase de colheita da safra 2017/2018, que termina no dia 31 de março.

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