Notificada, empresa diz ter canais para informar sobre franquia de bagagem
Procon encontrou irregularidades nas quatro companhias que atuam em Campo Grande
Notificada pelo Procon por não apresentar de forma clara informações sobre a cobrança pelo despacho de bagagem, a Gol informou, por meio de nota encaminhada nessa sexta-feira (28), que os detalhes sobre as novas franquias estão disponíveis aos clientes em vários canais. A situação foi flagrada pelo órgão de defesa do consumidor durante blitz no Aeroporto de Campo Grande.
Segundo a companhia, os passageiros estão sendo orientados sobre as alterações desde o início de maio, quando a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou as aéreas a adotarem a medida, embora ela só tenha entrado em vigor em junho depois de ter sido discutida no Congresso.
A divulgação dos pesos que o bilhete dá direito ao passageiro de levar e os pesos pelas malas extras foi realizada por comunicado à imprensa, e-mail marketing e pelo site da empresa, que tem uma página específica sobre o assunto.
Nos aeroportos, esses dados estão disponíveis, segundo a Gol, em totens de autoatendimento e nas lojas da companhia aérea. Além disso, todos os funcionários tanto da equipe de solo como da central de atendimentos foram orientados para esclarecer as dúvidas e orientar sobre os novos procedimentos.
“A nova tarifa light lançada em junho é mais econômica para os clientes que não precisarem despachar bagagem. A GOL reitera ainda que as novas regras valem para bilhetes adquiridos a partir de 20 de junho e, desde modo, todos que compraram passagens antes desta data têm garantida a franquia de 23 kg, independentemente da data do voo”, diz o comunicado.
Fiscalização – Além da Gol, todas as outras três companhias áreas que atuam na cidade também foram notificadas.
Embora ainda não tenha implementado a medida, a Avianca não tinha qualquer informativo sobre o peso das malas que cada passagem dá direito a carregar. O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da aérea, mas ela prometeu apurar a situação e até o momento não houve retorno.
Segundo o Procon, a Azul tinha um painel com esses dados, mas ele não estava em local visível e não continha o tamanho das bagagens. Além disso, não havia fila preferencial na loja do aeroporto e tampouco gabarito para malas de mão, uma espécie de recipiente onde o passageiro coloca os pertences para saber se eles caberão no bagageiro interno. A empresa informou que até o momento não recebeu a notificação do Procon.
Já a Latam não informava em local visível o preço para despachar bagagens extras. A companhia disse, por meio de nota, que prestará os devidos esclarecimentos diretamente ao órgão.