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Economia

Outra liminar cai e Petrobras deve fechar venda da UFN3 até setembro

Outra liminar contra a venda caiu hoje e expectativa é que as obras se iniciem em março de 2020 e a unidade fique pronta em 2022

Fernanda Palheta | 14/06/2019 17:59
A construção da fábrica parou em dezembro de 2014 (Foto: Divulgação)
A construção da fábrica parou em dezembro de 2014 (Foto: Divulgação)

Uma semana após a liberação da venda do controle acionário de subsidiárias de empresas públicas e sociedades de economia mista, sem necessidade do aval do Congresso Nacional, são retomadas as negociações para a venda da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, cidade a 338 quilômetros de Campo Grande. Mais um avanço nesse sentido veio com decisão da 24ª Vara Federal do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, que revogou a liminar que determinava a suspensão da venda de 100% de participação acionária da UFN3.

"Desta forma, a Petrobras está retomando o processo competitivo para a venda dessas unidades [UFN3 E Ansa]", confirmou a estatal em nota.

O titular da Semagro (Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruk, diz que no início desta semana o Governo do Estado já recebeu a primeira posição da Petrobras, que solicitou a prorrogação dos incentivos fiscais da unidade por mais dois anos. “Não temos nenhum impedimento legal para essa prorrogação e o governador [Reinaldo Azambuja (PSDB)] já demonstrou interesse em prolongar o incentivo. Isso seria um facilitador desse processo de negociação. Não há perda de receita do governo do Estado”, completou.

Verruk ainda antecipou que as negociações para a aquisição de gás natural também foram retomadas nessa semana. “O Grupo Acron já voltou às negociações com a MS Gás e a estatal boliviana YPFB [Yacimentos Petrolíferos Fiscales Bolivianos S/A]. Inclusive o presidente boliviano Evo Morales vai para a Rússia no próximo mês para discutir o fornecimento de gás para a unidade”, detalhou. Conforme o titular da pasta, a empresa russa também solicitou uma audiência com Azambuja.

2020

Com o andamento acelerado das negociações, o titular da pasta é otimista com o calculo para a previsão de entrega da obra. “As duas empresas [Petrobrás e Acron] estão muito empenhadas nesse processo”, ressaltou. Segundo ele, as negociações devem seguir até setembro deste ano.

Depois de fechado o negócio, a expectativa é que em seis meses a obra seja retomada. “A empresa precisa desse tempo para contratar empreiteira, por exemplo. A obra deve ser iniciada em março de 2020. Nossa estimativa é que a Unidade estará pronta em 2022. Isso se tudo ocorrer bem”, concluiu.

Matéria atualizada às 7h40 para acrécismo de informação

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