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Economia

Por precaução, mercados e empórios de MS recolhem cerveja Backer

Rastreabilidade da indústria, auditada pelo Mapa aponta que MS não recebeu os lotes suspeitos, mesmo assim varejo se protege

Rosana Siqueira | 14/01/2020 15:55
Cervejaria produz inúmeras cervejas que também deverão ser recolhidas. (Arquivo)
Cervejaria produz inúmeras cervejas que também deverão ser recolhidas. (Arquivo)

A rastreabilidade da Cervejaria Backer auditada pelo Ministério da Agricultura apontou que os lotes contaminados da cerveja não vieram para o Mato Grosso do Sul. Mesmo assim, supermercados e estabelecimentos que vendiam a marca já retiraram os produtos do mercado. Na segunda-feira, após um laudo da Polícia Civil de Minas Gerais apontar presença da substância DEG (dietilenoglicol) em garrafas da bebida que contaminou 17 pessoas, sendo que duas delas morreram, o Mapa determinou o recolhimento da cerveja Belorizontina. Ainda na segunda feira, de todos os rótulos da cerveja e chopes fabricados de outubro de 2019 até a presente data foram retirados do mercado.

Na semana passada, o Mapa já tinha determinado o fechamento da fábrica. De acordo com o Mapa, 139.000 litros de cerveja engarrafada e 8.480 litros de chope foram apreendidos. Também foram lacrados tanques e demais equipamentos de produção.

De acordo com informações do Mapa, o sistema de rastreabilidade dos produtos que foi apresentado pela cervejaria não apontou a vinda de lotes para o Mato Grosso do Sul, apenas para MG e Espírito Santo. Mesmo assim por precaução ou a chamada proteção e imagem, lojas de bebidas, cervejarias e supermercados que tinham garrafas da marca estão retirando o produto das prateleiras.

A medida foi confirmada por um empório especializado em produtos mineiros da Capital. No local a cerveja nem tinha grande saída junto ao público, mesmo assim os proprietários se precaveram e retiraram os produtos.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem o processo de rastreabilidade (ou seja de informar para onde os lotes foram vendidos) é obrigatório por parte das indústrias e segundo auditado pelo Mapa não haveriam lotes contaminados no Estado.

Nota - Em nota divulgada na segunda-feira o Mapa esclarece que a medida visa preservar a saúde dos consumidores. “O Ministério segue atuando nas investigações e tomando medidas para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas pelas moléculas dietilenoglicol e monoetilenoglicol. O Mapa faz parte da força-tarefa de investigação das possíveis causas desta contaminação”, afirmou.

O DEG é uma substância de cor clara, viscosa, não tem cheiro e tem gosto adocicado. A fórmula química é C4H10O3. Ela é anticongelante e de uso comum na indústria. A ingestão pode provocar sintomas como insuficiência renal e problemas neurológicos.

Na noite desta 2ª, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais afirmou que os casos notificados por intoxicação pela substância dietilenoglicol, subiram para 17.

Segundo o ministério, análises exploratórias, realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária em 3 amostras dos produtos Belorizontina e Capixaba, confirmaram a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol.

“Estes produtos já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização do Mapa“, disse o ministério.

Fiscalização do Mapa acompanha retirada das cervejas do mercado (Divulgação)
Fiscalização do Mapa acompanha retirada das cervejas do mercado (Divulgação)

Em nota, a cervejaria Backer afirmou que não utiliza o dietilenoglicol no processo de fabricação das bebidas, inclusive a Belorizontina, e solicitou uma perícia independente.

CERVEJAS QUE DEVEM SER RECOLHIDAS - De acordo com o site da empresa, 21 rótulos são fabricados pela Backer: Backer Pilsen, Cerveja Trigo, Cerveja Pale Ale, Cerveja Bronw, Medieval, Pele Vermelha, Bravo, Exterminador de Trigo, Três Lobos, Capitão Senra, Corleone, Tommy Gun, Diabolique, Pilsen Export, Backer Bohemian Pilsen, Julieta, Backer Reserva do Propietário, Fargo 46, Cabral, Belorizontina e Cacau Bomb.

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