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Economia

Prefeitura deve manter por mais 3 meses moratória que compromete até merenda

Flávio Paes | 22/11/2015 18:00
Na escola de tempo integral, arroz e feijão foi o cardápio da merenda por vários dias (Foto:Arquivo)
Na escola de tempo integral, arroz e feijão foi o cardápio da merenda por vários dias (Foto:Arquivo)

Depois de quase três meses de ter decretado a moratória dos pagamentos de fornecedores e prestadores de serviço, que tem para receber R$ 80.750.855,42, a Prefeitura, mesmo com esta folga caixa,  ainda não conseguiu normalizar alguns serviços essenciais – merenda escolar, manutenção da iluminação pública e o tapa-buraco foi retomado de forma limitada. Já é praticamente certo que o calote será prorrogado por mais três meses, até fevereiro, quando entra no caixa a segunda parcela do IPTU, quando se terá uma ideia de quando os pagamento começarão a ser feitos.

Segundo o secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Disney Fernandes, os fornecedores e prestadores de serviço foram avisados de que só em 2016 será definido um cronograma deste passivo herdado da administração Gilmar Olarte. Está sendo feito um pente-fino em todas as notas de empenho. Só os compromissos assumidos a partir da volta de Bernal, dia 26 de agosto, estão sendo honrados.

O prefeito chegou a se reunir com alguns fornecedores de merenda, pedindo que compreendessem a situação financeira da Prefeitura e retomasse a entregasse a entrega dos produtos, mesmo sem ainda haver uma previsão de quando terão os R$ 4 milhões que tem para receber. Chegou a participar de um ato para marcar a normalização  do abastecimento que não se concretizou.

Pelo visto o apelo não surtiu efeito pois a maioria das escolas e centros de educação infantil, estão com dificuldades para oferecer merenda um mínimo de qualidade. Os pais estão tendo que colaborar, levando frutas, verduras e até frango, porque do contrário, para as crianças não terem apenas arroz e feijão no almoço.

Na Centro de Educação Infantil Lar Sheila Domingos , um dos pais, Anderson dos Santos, comprou frango, frutas e verduras, depois saber que o filho só teria bolacha e leite de lanche, enquanto o cardápio do almoço estava restrito a arroz e feijão.

Na Escola Municipal de Tempo Integral Ana Lucia Oliveira Batista, no Paulo Coelho Machado, a Prefeitura entregou um feijão (doado pela Conab) que acabou devolvido porque estava sem condições de consumo. Segundo Inara Kelly, mãe de três crianças que estudam na escola (de 4, 7 e 10 anos de idade), desde o início do ano tem ocorrido problemas esporádicos,com a falta de um ou outro produto. Entretanto desde a posse de Bernal, o problema piorou. “Vários dias só tem arroz e feijão para servir no almoço. No lanche, bolacha de água e sal, chá e gelatina.

A mesma situação é relatada por Cristiane Ferreira, que tem um filho na pré-escola. “Além de estar faltando quase tudo, não é feita a distribuição. A presidente da associação de pais e alunos, teve de ir com seu carro buscar frango no depósito da merenda”.

A falta de frutas e verduras está acontecendo porque a cooperativa agrícola de Campo Grande (que reúne pequenos produtores) suspendeu o fornecimento por falta de pagamento que começou ainda no primeiro semestre, quando se acumulou uma dívida de R$ 400 mil.

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