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Economia

Projeto que está fazendo um "raio-X" das terras de MS chega na terceira fase

Essa etapa abrange os 46 municípios localizados na bacia do Rio Paraná e vai durar pelo menos dois anos.

Ricardo Campos Jr. | 27/04/2018 16:36
Lançamento da terceira fase do ZAE junto com outros projetos do governo nesta sexta (Foto: divulgação)
Lançamento da terceira fase do ZAE junto com outros projetos do governo nesta sexta (Foto: divulgação)

O Governo do Estado vai investir R$ 3.275.460 na terceira fase do ZAE (Zoneamento Agroecológico), que promete fazer um raio-X do solo sul-mato-grossense apontando quais tipos de cultivo são mais indicados em cada região. Essa etapa abrange os 46 municípios localizados na bacia do Rio Paraná e vai durar pelo menos dois anos.

Esses trabalhos foram lançados oficialmente nesta sexta-feira (27) junto com outros projetos do poder público.

Jaime Verruck, titular da Semagro (secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), explica que essa pesquisa é feita in loco pelos técnicos do órgão, que analisam minuciosamente cada camada de terra até uma certa profundidade.

“A questão fundamental é conhecer o solo e saber para qual aptidão ele é voltado. Que tipo de cultura é mais adequada para aquela região? Como que esse solo absorve a água? A questão de todo o planejamento agrícola passa por essas questões”, afirmou.

O material é analisado em um laboratório da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias), mas a intenção do poder público é que no futuro o próprio estado seja capaz de atender a essa demanda.

Foi por isso que nesta semana um edital publicado no Diário Oficial do Estado estabeleceu a seleção de projetos para implantação de um local para executar esse tipo de estudos.

Os investimentos para a execução do ZAE vem do Fundems (Fundo de Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja de Mato Grosso do Sul). As duas primeiras fases contemplaram 33 municípios na bacia do Rio Paraguai, quando foram produzidas três mil páginas de estudos técnicos e mais de 600 mapas com um alto nível de detalhamento.

Verruck afirma que o estado foi o primeiro no país a fazer um levantamento tão preciso. Ele reúne informações sobre áreas passíveis de exploração de 16 tipos diferentes de produtos, entre grãos, frutíferas, agronegócios e florestais, considerando os aspectos legais, as restrições ambientais, os solos dominantes, condições climáticas, além dos aspectos geoambientais da paisagem.

Todos esses mapas, conforme a Semagro, serão disponibilizados para a sociedade, permitindo o planejamento de uso e ocupação das terras de forma sustentável e a diversificação da produção.

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