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Economia

Quase metade dos empresários do comércio planeja demissões na Capital

Pesquisa mostra ainda que 54% planejam reduzir investimentos

Osvaldo Júnior | 25/07/2017 16:15
Comércio na área central de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Comércio na área central de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

O comércio de Campo Grande, que tem contabilizado saldos negativos em criação de empregos, deve continuar demitindo mais que contratando. Pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostra que quase metade dos empresários do setor planeja reduzir o número de funcionários na Capital. Conforme o estudo, 54% dos comerciantes devem diminuir investimentos e o índice de confiança no segmento, neste mês, é o segundo menor do ano, superando apenas o de janeiro.

O levantamento, divulgado pela Fecomércio nesta terça-feira (dia 25), mostra que 41,3% dos empresários têm expectativa de reduzir pouco a quantidade de empregados e 6,5% pretendem diminuir muito o quadro de pessoal. No total, 47,8% acreditam que vão demitir. Apenas 6,5% planejam elevar, de modo significativo, o número de trabalhadores.

A intenção de enxugamento da quantidade de funcionários agrava ainda mais o desempenho já desaquecido do mercado de trabalho do comércio de Campo Grande. De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o comércio da Capital encerrou o primeiro semestre com fechamento de 76 empregos formais.

O setor não consegue aumentar o número de contratações acima ao das demissões desde 2015. Naquele ano, no acumulado de janeiro a dezembro, foram extintas 1.534 vagas no comércio de Campo Grande. Em 2016, foram encerrados 1.749 postos de trabalho no setor.

A pesquisa da CNC mostrou também que a condição atual do setor piorou na avaliação de 56,1% dos empresários do setor do comércio. Para 5,7% melhorou muito. Em se tratando da economia brasileira, 65% afirmaram que piorou. Desses, 36,5% consideram que a piora foi intensa. Nesse quadro, 54,7% dos comerciantes afirmam que vão reduzir os investimentos.

Índice – Com base em todas as variáveis, a pesquisa verificou que o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) marcou em julho 110,3 pontos, menor patamar desde janeiro (109,9%).

Apesar disso, o índice, que varia de zero a 200, está acima dos 100 pontos, marco entre estar ou não confiante. Ou seja, os empresários do comércio da Capital estão pouco otimistas, em um nível muito próximo do pessimismo.

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