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Economia

Movimento no comércio melhora no 1° semestre, mas a passos lentos

Priscilla Peres | 22/07/2017 14:09
Movimento do Centro tem caído a cada mês. (Foto: Marcos Ermínio)
Movimento do Centro tem caído a cada mês. (Foto: Marcos Ermínio)

Os primeiros seis meses de 2017 foram melhores para o comércio varejista de Campo Grande dos que o mesmo período do ano passado, porém a lenta recuperação da economia é considerada preocupante para especialista da área.

De acordo com levantamento do Movimento do Comércio Varejista produzido pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), foram registrados 89 pontos neste semestre. Resultado maior que os 86 do período de 2016.

“Esse resultado demonstra alguma melhora nas condições gerais, mas geram preocupações aspectos como a lenta retomada do consumo e o comportamento do nível de emprego”, explica o economista-chefe da ACICG, Normann Kallmus.

Mês a mês – O resultado de junho indica queda nas vendas em relação ao mês de maio (96). O MCV-PF de junho foi de 92 pontos, o mesmo de 2016, mas menor que o registrado em 2015 (103), e maior que o registrado 2014 (88). “Novamente o desempenho desse indicador não foi suficiente para gerar um crescimento em relação ao ano passado”, completa Kallmus.

No levantamento, o movimento do comércio entre empresas tem se mostrado o fator de maior preocupação. “Este continua sendo o maior problema registrado na análise do mês, que corrobora a tendência que temos observado nos últimos meses. O comportamento desses indicadores, aliado ao desempenho do CAGED no estado e no município, reforçam nossas análises anteriores que apontavam alterações significativas no comportamento das empresas do setor, que é responsável por mais de 75% do PIB em valores agregados do município”, analisa.

Perspectivas - O mês de julho costuma ser ligeiramente superior ao de junho, o que não ocorre com os meses de agosto e setembro. Considerando que o mês terá mais dias úteis que o anterior e que continuamos tendo um desempenho melhor do que o registrado no ano passado, matematicamente pode-se supor que teremos um resultado melhor no mês corrente.

“O fator de risco para essa análise não está na análise econômica, mas em eventuais decisões esdrúxulas do judiciário e do Congresso. A condenação de Lula foi muito bem recebida pelo mercado, o que reforça a importância do posicionamento das instituições, evitando que casuísmos retardem o impedimento da candidatura do ex-presidente. Caso contrário, podemos nos preparar para um cenário muito mais negativo e instável”, finaliza Normann Kallmus.

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