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Economia

Setor terciário consolida-se como o mais feminino e inclusivo do MS

Daniel Machado | 06/03/2015 22:56
Entre os funcionários do setor terciário, as mulheres ocupam mais de 50% do contingente. (Foto: Divulgação)
Entre os funcionários do setor terciário, as mulheres ocupam mais de 50% do contingente. (Foto: Divulgação)

Segundo o último levantamento do IBGE, o setor de serviços é o segmento com o maior número de empregados no Mato Grosso do Sul, num total de 255 mil dentre os 1,3 milhão de pessoas economicamente ativas no Estado.

Entre os funcionários do setor terciário, as mulheres ocupam mais de 50% do contingente, justamente por se tratar da atividade mais democrática e propiciar o ingresso dessas trabalhadoras muitas vezes discriminadas em outros setores por conta da idade e outros fatores de gênero.

É o caso de Maria Arlete Machado. Aos 57 anos ela teve a primeira oportunidade de ingressar no mercado de trabalho no Comper Bandeirantes, em Campo Grande, onde ocupa o cargo de auxiliar do setor de perecíveis há dois anos e seis meses. “Depois que eu e o meu marido nos separamos, me vi perdida. Com idade já avançada, pensei que nunca conseguiria trabalhar, mas aqui tive essa oportunidade. Sou muito agradecida”, disse emocionada. “Não é só o jovem que dá conta do recado, os mais velhos também. Em minha opinião, as pessoas mais velhas têm mais responsabilidades”, afirma.

Desde que passou por entrevista e foi contratada, Arlete já participou de vários cursos, o que garantiu sua promoção de auxiliar geral ao cargo que exerce hoje. “É bom a gente participar de cursos, correr atrás, tentar conquistar um salário melhor.

Há 26 anos trabalhando no Comper Brilhante, a gestora de categoria Valdete Conceição da Silva, de 56 anos, entrou na empresa como auxiliar de padaria, depois foi promovida a confeiteira e hoje cuida do atendimento de balcão no setor da panificação. “Não vejo diferença entre os serviços das mulheres e dos homens no comércio. Para mim, são iguais. No entanto, eu acredito que as mulheres sejam um pouco mais caprichosas que os homens. A diferença salarial é um entrave, mas aos poucos a gente conquista nosso espaço”.

Mesmo perdendo o marido, a mãe e a irmã recentemente, Valdete não se entregou e segue batalhando. “Isso tudo aconteceu comigo e não esmoreci. Hoje, moramos eu e uma irmã com problemas de esquizofrenia e apesar de tantas perdas e provações, mesmo assim procuro levar minha vida e ser feliz”.

Para Valdete, o segredo de sucesso para que um comércio seja respeitado pelo cliente é um bom atendimento. “Os funcionários precisam, acima de tudo, respeitar seus patrões, e essencialmente garantir um atendimento que agrade a clientela. Isso é muito importante”, garante, informando que depois de tanto tempo de casa, conseguir construir grandes amizades tanto com fregueses quanto com colegas de trabalho.

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