Sudeco tem R$ 7 bi e quer empresas para investir em logística de MS
Com recursos de R$ 7,2 bilhões, a Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) quer atrair empresas para executar obras de infraestrutura logística nos modais ferroviário, aeroviário, hidroviário e ferroviário, além de estrutura de armazenagem, em Mato Grosso do Sul. Do total disponível para investimento, R$ 6 bilhões são referentes do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) e R$ 1,2 bilhão do FDCO (Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste).
O superintendente da Sudeco, Cleber Ávila falou sobre o tema hoje, durante a 3º reunião do Comitê de Articulação das Secretarias da Área de Atuação da Superintendência, em Campo Grande. Ávila declarou que o foco foi discutir o desenvolvimento regional, as potencialidades e oportunidades que a Superintendência, em parceria com os governos e setor produtivo, para que possa alavancar novos negócios para a Região Centro-Oeste. "Estamos com foco muito forte na infraestrutura e logística, pois não adianta só produzirmos, nós precisamos industrializar e também escoar essa produção", comentou.
O 1º vice-presidente regional da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Luiz Cláudio Sabedotti Fornari, defendeu mais recursos para investimentos na faixa de fronteira do Estado com Paraguai e Bolívia. “Entendemos que, somente com a industrialização, vamos criar oportunidades de desenvolvimento dessa região, que já está marcada pela violência e precisa reverter esse quadro", ressaltou.
Segundo a Fiems, Fornari informou ainda que as indústrias de celulose e papel são responsáveis por metade dos R$ 33 bilhões que começam a ser investidos em Mato Grosso do Sul e, por isso, a importância de discutir esse segmento. "Nesse sentido, a Fiems, em nome do setor produtivo, espera que os projetos de desenvolvimento para a industrialização da faixa de fronteira e de apoio às indústrias de celulose e papel sejam acolhidos pela Sudeco”, analisou.
Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Jaime Verruck, a reunião pontuou as diretrizes do FCO para 2016 e comentou que o momento é de priorizar. “Fizemos uma avaliação do Fundo até agora e definimos quais as mudanças que podemos realizar ainda neste ano para beneficiar o setor produtivo e, dessa forma, conseguir aplicar 100% dos recursos na nossa economia. Agora, cabe a nós mostrar que esse recurso é fundamental para a diversificação da economia estadual por meio de investimentos dos setores industrial, comercial e de serviços”, finalizou.