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Economia

Três frigoríficos de MS têm exportação de frango suspensa pela China

A medida, em vigor desde sábado (17), atinge unidades em Dourados, Itaquiraí e Sidrolândia

Por Lucas Mamédio | 19/05/2025 08:29
Três frigoríficos de MS têm exportação de frango suspensa pela China
Funcionanários no setor de abate de frango em friforífico de MS (Foto: Arquivo)

Três frigoríficos de Mato Grosso do Sul tiveram as exportações de carne de frango suspensas pela China após a confirmação de um foco de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul. A medida, em vigor desde sábado (17), atinge unidades da BRF S.A. em Dourados, da Bello Alimentos Ltda em Itaquiraí e da Seara Alimentos Ltda em Sidrolândia.

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A China suspendeu as exportações de carne de frango de 59 unidades brasileiras, incluindo três frigoríficos de Mato Grosso do Sul, após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A medida afeta unidades da BRF, Bello Alimentos e Seara Alimentos. O Ministério da Agricultura implementou medidas de contenção, com vistorias em propriedades rurais num raio de 10 quilômetros do foco. A China, maior importadora de frango brasileiro, adquiriu 192 mil toneladas entre janeiro e abril de 2024, gerando US$ 455 milhões. O governo brasileiro busca negociar a regionalização da suspensão.

A suspensão é parte de uma ação mais ampla da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), que abrange 59 unidades brasileiras. A decisão veio após o Brasil comunicar oficialmente o caso da doença identificado em 15 de maio, no município de Montenegro (RS). A China é o maior comprador da carne de frango brasileira, com 192 mil toneladas importadas entre janeiro e abril deste ano, gerando US$ 455 milhões.

Segundo o Ministério da Agricultura, a suspensão segue o protocolo sanitário firmado entre os dois países. “Comunicamos à China que respeitamos o protocolo acordado, o que significa a suspensão dos embarques desde 15 de maio”, afirmou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua.

Ações de contenção - Em nota divulgada neste domingo (18), o Ministério informou que todas as medidas previstas no Plano de Contingência estão sendo executadas com eficiência. No raio de 10 quilômetros em torno da granja onde foi declarado estado de emergência, as vistorias em propriedades rurais seguem em ritmo acelerado.

Na área mais próxima ao foco (raio de 3 km), 29 das 30 propriedades já haviam sido vistoriadas até o fim do domingo. Na zona de vigilância ampliada (de 3 a 10 km), 238 das 510 propriedades já haviam sido inspecionadas.

Uma única suspeita foi identificada na área perifocal, em uma propriedade de subsistência. Segundo o Ministério, o caso “recebe toda atenção e tratamento da Defesa Agropecuária, mas não possui impacto no comércio internacional, nem na segurança dos alimentos inspecionados”. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Campinas, com resultado preliminar previsto para segunda-feira (19).

A propriedade onde o foco foi confirmado já passou por descarte de aves e ovos. A limpeza e desinfecção estão em andamento, assim como a instalação de barreiras sanitárias. Das sete barreiras de bloqueio previstas, cinco já estavam em funcionamento neste domingo. Outras quatro, de desinfecção, também operavam, com conclusão das instalações prevista para o dia seguinte.

O governo também investiga uma propriedade em Aguiarnópolis (TO), onde análises iniciais apontaram baixa probabilidade de infecção por vírus de alta patogenicidade. A situação, segundo o Ministério, está sob controle.

Expectativa é por regionalização - A posição do governo brasileiro é de que a suspensão adotada pela China seja restrita ao Rio Grande do Sul. A decisão final, contudo, depende das negociações com as autoridades chinesas, que até a noite de sexta-feira (17) ainda não haviam se manifestado.

Além das três plantas de Mato Grosso do Sul, foram suspensas unidades do Paraná (21), Santa Catarina (14) e do próprio Rio Grande do Sul (8), que já enfrentava limitações desde 2024.

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