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Economia

Tudo pronto: expedição 'Rota Bioceânica' sai na sexta rumo ao Chile

Paulo Nonato de Souza | 23/08/2017 11:47
Tudo pronto: expedição 'Rota Bioceânica' sai na sexta rumo ao Chile
Porto de Antofogasta, no Chile, um dos maiores do mundo, será a reta de chegada da expedição que deixará Campo Grande nesta sexta-feira (Foto: Divulgação)
Porto de Antofogasta, no Chile, um dos maiores do mundo, será a reta de chegada da expedição que deixará Campo Grande nesta sexta-feira (Foto: Divulgação)

Tudo pronto para pegar a estrada. Este é o sentimento dos organizadores da expedição “Rota da Integração Latino-Americana”, que partirá de Campo Grande nesta sexta-feira, 25, às 7 horas, com 30 caminhonetes Amarok e cerca de 90 pessoas, entre empresários, transportadores, produtores rurais e jornalistas, e cruzará o Paraguai e a Argentina rumo à cidade de Antofogasta, no Chile, no lado oeste da América do Sul. O retorno está previsto para o dia 3 de setembro.

“Faremos nosso evento de lançamento na quinta-feira, 24, às 19h30, e partiremos na sexta-feira logo cedo. Teremos um tempo para o trabalho da imprensa entre 6h30 às 7h e saímos em seguida. Vamos tomar o café da manhã em Nioaque”, disse Dorival de Oliveira, assessor da presidência do Setlog/MS (Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), responsável pela organização da expedição.

Segundo ele, toda a programação foi feita com bastante antecedência para otimizar a viagem e evitar perder tempo com burocracias na passagem pelas aduaneiras dos países.

“Encaminhamos para os países a relação da nossa frota, quem participa, quem conduz, e tudo estará registrado no sistema deles. Teremos a participação de autoridades governamentais do Brasil, Paraguai e Chile, e representantes do governo argentino vão nos aguardar na cidade de Pozo Hondo, na fronteira da Argentina com o Paraguai”, afirmou.

Porta de entrada da cidade argentina de Pozo Hondo, na fronteira com o Paraguai, por onde vai passar a expedição da rota bioceânica (Foto: Divulgação)
Porta de entrada da cidade argentina de Pozo Hondo, na fronteira com o Paraguai, por onde vai passar a expedição da rota bioceânica (Foto: Divulgação)

Com o lema, “Unindo povos, ligando oceanos”, a expedição vai rodar 4.440 km de ida e volta para constatar a viabilidade comercial e logística da chamada rota bioceânica como corredor de exportação e importação de produtos entre Mato Grosso do Sul e os países asiáticos a partir dos portos do Oceano Pacífico.

Desta vez o foco da missão é o lado oeste e a saída do saída do Brasil será a partir de Porto Murtinho, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Em 2013, a expedição fez o lado sul e saiu do País a partir de Corumbá, cruzou a Bolívia até as cidades portuárias de Arica e Iquique, no Chile.

Nesta edição, a partir de Porto Murtinho, a expedição passará pelas cidades de Carmelo Peralta, Loma Plata, Mariscal Estigarribia e Assunção, no Paraguai, Tartagal, Salta, San Salvador de Jujuy, na Argentina, San Pedro do Atacama, Iquique, Mejillones, Calama e Antofogasta, no Chile. Na agenda, várias mesas de negócios com autoridades locais para discutir a viabilidade da rota bioceânica.

Uma equipe do Campo Grande News fará parte da caravana em uma das 30 caminhonetes que vão cruzar o lado oeste sul-americano. Nossa missão será fazer a cobertura dos temas referentes à rota bioceânica e suas potencialidades que estarão em pauta nas reuniões envolvendo os empresários e transportadores sul-mato-grossenses com autoridades dos governos do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

Histórico – Desde a primeira expedição em 2013, o Setlog-MS já realizou outras três viagens de prospecção em que foram mapeadas as possíveis rotas.

A previsão é de que a comercialização internacional de grãos poderá atingir 135 milhões de toneladas e a saída pelo Oceano Pacífico reduzirá em cerca de 11 mil km de rota marítima o percurso feito atualmente feito pelo Oceano Atlântico.

“É uma rota mais barata e atende às necessidades técnicas para atingirmos os portos do Chile e fazer chegar os nossos produtos no mercado asiático”, avalia o presidente do Setlog, Cláudio Cavol.

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