ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Economia

Vazio sanitário começa no dia 15 para evitar ferrugem asiática em MS

Renata Volpe Haddad | 04/06/2016 10:59
Ferrugem asiática é uma das principais doenças que afetam a soja. (Foto: Eliel Oliveira)
Ferrugem asiática é uma das principais doenças que afetam a soja. (Foto: Eliel Oliveira)

Para prevenir e controlar a ferrugem asiática, uma das principais doenças que afetam o grão, inicia no dia 15 de junho o período do vazio sanitário em Mato Grosso do Sul.

Em 90 dias, além de não cultivarem o grão no Estado, os produtores devem eliminar todas as plantas voluntárias, conhecidas como guaxas ou tigueras, nas propriedades, por meio de processos mecânicos ou químicos.

Segundo o presidente da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Christiano Bortolotto, o vazio sanitário é de fundamental importância. “Ele garante a rentabilidade do produtor, já que diminui a necessidade de utilização de outros métodos de controle de doenças na lavoura. Gastando menos no combate de doenças, há economia direta nos custos de produção do agricultor”, explica.

Essa e outras doenças causam grandes perdas nas lavouras e enfraquecem a produção, elevando custos e gerando maior impacto ambiental. Portanto, o vazio não pode ser descumprido. "O produtor precisa se manter consciente de que esse é o principal mecanismo de combate ao desenvolvimento de ferrugem asiática”, afirma o presidente.

Avanços - Na safra 2015/2016, foram cadastrados 2.148,6 mil hectares, o que representa 88,7% da área plantada, frente aos 1.979 mil hectares, 85,2% da safra anterior, mostra que os produtores têm se conscientizado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo chefe da Divisão de Defesa Vegetal de Mato Grosso do Sul, Filipe Portocarrero Petelinkar, esses dois fatores garantiram significativa redução no número de autuações nos últimos anos.

Cadastro - O cadastramento das áreas onde será cultivada a oleaginosa é obrigatório e os dados mantidos no banco de informações da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) servem de base para identificar o total de área plantada, prevenir os agricultores vizinhos quando houver foco da ferrugem por meio de alerta sanitário, além de facilitar as atividades da equipe.

O descumprimento das normas do vazio, de acordo com a Lei, pode implicar em autuação da Iagro e multa de até mil UFRMS (Unidade Fiscal Estadual de Referência de MS). A unidade teve seu valor estabelecido para o mês de junho em R$ R$ 23,63.

Nos siga no Google Notícias