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Educação e Tecnologia

Estado planeja campanhas e medidas para prevenir apostas entre alunos

No mesmo encontro, MP e Estado também discutiram medidas para a inclusão de imigrantes

Por Ângela Kempfer | 24/06/2025 08:35
Estado planeja campanhas e medidas para prevenir apostas entre alunos
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O avanço das apostas on-line entre estudantes levou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul e a Secretaria Estadual de Educação a discutirem novas estratégias de prevenção no ambiente escolar. A reunião, realizada ontem (23), contou com a participação do procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, da coordenadora do Núcleo da Educação do MPMS, Vera Bogalho Frost Vieira, da promotora de Justiça Paula da Silva Volpe e do secretário de Educação, Hélio Queiroz Daher.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul e a Secretaria Estadual de Educação discutem estratégias para combater o avanço das apostas on-line entre estudantes. Entre as medidas propostas estão campanhas educativas direcionadas a alunos e pais, além de ações para restringir o acesso às plataformas de apostas. O tema ganhou destaque após a influenciadora Kemelly Garcia de Souza, com 700 mil seguidores no Instagram, ser investigada por promover jogos de azar. Segundo a Polícia Federal, ela divulgou 27 plataformas diferentes de apostas, em esquemas que se enquadram como pirâmide financeira.

Entre as medidas analisadas estão campanhas educativas voltadas a alunos e pais, além de ações para impedir o acesso dos estudantes às plataformas. O tema ganhou repercussão após a influenciadora sul-mato-grossense Kemelly Garcia de Souza ser investigada por promover jogos de azar em seu perfil no Instagram, onde acumula cerca de 700 mil seguidores.

Segundo relatório da Polícia Federal, Kemelly divulgou pelo menos 27 plataformas diferentes de apostas, como GPRBET, SLOTVIPBET e HOJEBET, utilizando links e códigos de recomendação que incentivavam novos cadastros. A prática se enquadra em esquemas de pirâmide financeira, nos quais os ganhos dos primeiros usuários dependem da entrada de novos participantes. A investigação apontou que as empresas responsáveis pelas operações são a Cash Pay Meios de Pagamento Ltda e a Orion Tecnologia da Informação e Soluções Digitais Ltda., que também são alvo de inquérito civil por prejuízos causados aos consumidores.

Kemelly chegou a firmar um acordo com o Ministério Público, comprometendo-se a pagar três salários mínimos, divulgar conteúdos do projeto “A Voz das Vítimas” em seu perfil por dois meses ou, alternativamente, prestar serviços comunitários. Apesar de ter efetuado o pagamento, ela não cumpriu integralmente as obrigações. O MPMS solicitou a revogação do benefício e aguarda manifestação da defesa.

Além das ações relacionadas às apostas, o encontro entre representantes do MPMS e da Secretaria de Educação também tratou da criação de estratégias para qualificação e inclusão de imigrantes no sistema educacional e no mercado de trabalho. A proposta prevê a implementação de programas como a Educação de Jovens e Adultos, mutirões de avaliação escolar e capacitações voltadas à realidade profissional do Estado.

Um grupo de trabalho será formado para definir as etapas do projeto e discutir as normas aplicáveis com o Conselho Estadual de Educação. A intenção é desenvolver um modelo de integração que atenda a população imigrante residente em Mato Grosso do Sul.

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