UFMS aciona Polícia Federal após falsa estudante de Medicina atuar no HU
Jovem chegou a acompanhar parto, segundo denúncias de acadêmicos ao Campo Grande News
Após denúncia do Campo Grande News, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) informou que tomou conhecimento de que uma mulher de 29 anos estava se passando por estudante de Medicina e, após a verificação de que não havia matrícula em seu nome, comunicou imediatamente à Polícia Federal para a apuração dos fatos.
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A história, que parece ter saído de um filme, expôs uma farsa envolvendo uma jovem que chegou a participar de plantões no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian., atuando como se fosse uma aluna regular da instituição.
Segundo nota da UFMS, a universidade constatou que o nome da mulher realmente não constava em nenhum dos registros acadêmicos e, por isso, a questão foi imediatamente reportada à PF, por se tratar de instituição federal.
O caso gerou repercussão após a mulher ser identificada como parte do cotidiano acadêmico da UFMS, onde frequentava aulas, participava do trote dos calouros e de atividades dentro do HU, segundo relato de alunos.
Ela foi apelidada pelos estudantes de "caloura fake" e se integrou tão bem à vida acadêmica que chegou a interagir com os colegas em grupos de tutoria e participou do tradicional trote. Uma das alunas afirmou que conheceu a "caloura fake" pessoalmente, assinou a cartola dela e a tratou como se fosse uma estudante legítima. "Quando começaram as aulas em março, essa menina se apresentou como caloura, frequentou algumas aulas, participou do grupo de tutoria e estava presente na rotina da faculdade", disse a estudante, que preferiu não se identificar.
Segundo a assessoria de imprensa do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), a unidade está em fase final o processo de contratação de empresa de segurança. A contratada terá que disponibilizar funcionários desarmados para reforçarem o controle de entrada de pessoas.
O Humap alega ter começado só recentemente a exigir reconhecimento facial e apresentação de documentos para permitir servidores, residentes, estagiários, terceirizados, pacientes e visitantes entrarem. A instituição de saúde é uma das que recebe o maior fluxo de pessoas em Campo Grande, atendendo também encaminhamentos de pacientes do interior do Estado.
A jovem alegou em um grupo de WhatsApp dos estudantes que tinha o diagnóstico de transtorno de personalidade borderline, o que, segundo ela, teria afetado sua atuação no caso. Quando procurada pela reportagem, ela se recusou a comentar, afirmando que estava sob efeito de remédios ansiolíticos, e que seus advogados entrariam em contato com a imprensa quando achassem adequado.