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Cidades

Artista Edson Castro se despede rumo à França

Redação | 21/04/2009 10:33

Corumbaense, Edson Castro é um artista que aprendeu por si mesmo a cortejar a arte. Seu trabalho procura estabelecer uma relação viva com o moderno, traduz no abstrato a expressão oculta do mundo sensível.

Em sua última mostra "Um desenho", exposta no Marco (Museu de Arte Contemporânea) para 1º temporada 2009 de exposições, o exagero é o ponto de partida da argumentação do artista.

"Se existe algo de que o ser humano nunca irá se cansar é do exagero" diz Castro, fazendo alusão às palavras de Dali.

O trabalho é uma despedida do Brasil. O artista vai passar 1 ano na França para aprimorar sua técnica, com apoio financeiro do governo estadual. O talento de Edson Castro é reconhecido internacionalmente. Hoje o seu trabalho está contado em U$ 1.160,14 o metro quadrado, garante.

De 1,50 de altura por 70 de largura, feito de piche, em um aglomerado de acrílico, "Um Desenho" é gigante e apropria-se da estrutura do museu, abrindo diálogo com o observador.

A obra de Edson Castro questiona o papel de quem passa pela exposição. Tudo de Edson Castro não pode ser um objeto reconhecível ou um adorno artístico.

"Um desenho" transforma-se em uma crítica à arte como objeto vendável. Provoca o observador que espera ver um mosaíco clássico. Procura na estranheza o recanto da forma.

Os traços espontâneos revelam a ambigüidade da figura que se recusa a possuir a referência do nome. Quem olha, vê na mesma coisa um boi, um pássaro, uma mulher. A obra de Edson ironiza a figura do observador, que fica sem posses diante de uma figura que realça o poder dos conteúdos inconsciente.

Edson diz "meu trabalho é Jazz", quando tentar explicar. O artista comenta que os tons da música e do desenho se assemelham. "Os tons são uma linguagem cósmica", afirma Edson.

Sobre a criação da obra "Um Desenho", Edson conta que o trabalho surgiu a partir da música. Por "três dias, Buda, um amigo meu, tocou jazz enquanto eu desenhava em comunhão com ritmo".

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