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Esportes

Na Capital, Carnaval com alegria, deficiências e desafio

Redação | 25/01/2008 11:30

Ao repique da bateria, Campo Grande terá um Carnaval com cara de Brasil. Em busca do mesmo título de campeã do grupo especial, o público poderá ver escolas desfilarem com enredos de R$ 9 mil a R$ 84 mil. Vencedora há três anos consecutivos, a escola Unidos da Vila Carvalho traz para a Via Morena, que pela segunda vez será a passarela do samba, números superlativos: 600 pessoas em 12 alas.

O enredo "Minha Terra tem paineiras onde voa a arara azul, tem celeiros de fartura e o céu da cor anil... Chora viola, segura peão, canta meu povo nossas glórias e tradições" homenageia os 30 anos da criação de Mato Grosso do Sul. "Fugimos do lado político. Vamos homenagear a mistura de povos e o folclore", destaca o carnavalesco Francis Fabian.

Pela avenida, alas temáticas vão lembrar a influência das colônias de japoneses, paraguaios, portugueses. "Do folclore, terá o caramiguais, de Bela Vista, e os touros verde e encantado, de Porto Murtinho", descreve. Ontem, em uma festa no clube Grand Mére, a Unidos da Vila Carvalho apresentou as fantasias e a rainha da bateria. A escola de samba arca com as fantasias da comunidade, bateria, comissão de frente e baianas. "As mais luxuosas são pagas. A escola vende fantasias de R$ 50 a R$ 200", conta o carnavalesco.

Segundo o presidente da escola, José Carlos de Carvalho, o desafio de fazer um desfile de R$ 84 mil é superado por meio da realização eventos. Neste ano, o governo estadual repassou R$ 11 mil para o Carnaval da Unidos da Vila Carvalho. Fundada em 1969, a escola tem seis títulos (5 do grupo especial e 1 do grupo de acesso).

A Catedráticos do Samba, com 33 anos de existência, vai para a avenida com um desfile de R$ 9 mil. O dinheiro veio do governo do Estado. "A gente queria fazer um Carnaval de R$ 35 mil. Mas, não conseguimos patrocínio. Então, vamos com a cara e a coragem", enfatiza o carnavalesco Paulo Matias.

Hoje, o barracão da escola, no bairro Sílvia Regina, concentrava os esforços para finalizar as fantasias do enredo "A Vida que pedi a Deus o ISMAC me proporcionou. São 50 anos de luta Florivaldo Vargas na memória, lembranças que o tempo não levou". A homenagem é ao fundador do Instituto Sul-Mato-grossense para Cegos, Florivaldo Vargas.

"A idéia surgiu em março do ano passado", lembra Paulo Matias. A escola vai passar pela avenida com cerca de 200 integrantes divididos em 8 alas. Em meio à festa, o enredo pretende abordar conquistas e limitações impostas aos deficientes visuais, como dificuldades para se locomover na cidade ou no transporte coletivo.

Segundo o carnavalesco, os alunos do Ismac vão cair no samba. O grupo teatral Luzes, formado por cegos, terá uma ala especial. As escolas do grupo de acesso desfilam no sábado, dia 2, a partir das 19h30. No dia seguinte, acontece o desfile do grupo especial. A vencedora será anunciada no dia 4. No dia 5, acontece o desfile das campeãs. As escolas não terão prêmio em dinheiro.

Dedicação

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