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Esportes

Abandonada, pista de motocross vira depósito de lixo e até óleo de motor

Fabiano Arruda | 01/11/2011 13:13

Circuito de Campo Grande foi inaugurado no ano passado e sediou competição internacional

Construída em padrão europeu, pista está tomada pelo matagal. (Foto: Simão Nogueira)
Construída em padrão europeu, pista está tomada pelo matagal. (Foto: Simão Nogueira)

Inaugurada em agosto do ano passado, com investimento estimado em R$ 700 mil, a pista de motocross de Campo Grande, que fica na saída para Três Lagoas, está abandonada, tomada pelo matagal e virou depósito de lixo pouco mais de um ano depois.

Nesta manhã, é possível ver lixo como peças de roupas, garrafas pet e até óleo de motor, ao que parece, de caminhão, que escorre num ponto do terreno, o que traz prejuízo ambiental com a contaminação do solo.

À época da inauguração, o Motódromo da Capital centralizou as atenções da mídia especializada no esporte por receber etapa do Campeonato Mundial de Motocross.

No circuito, de 1.650 metros de extensão, formado com dois pontos altos nos extremos e uma grande depressão no meio, as rampas estão tomadas pelo mato.

A pista, projetada em padrão europeu, que tem seis pontos de "high jump", ou saltos altos, que podem chegar a 30 metros de altura, não recebeu manutenção ou reparos desde que foi inaugurada, segundo informações do presidente da Femems (Federação de Motociclismo de Mato Grosso do Sul), André Azambuja.

“Não conseguimos máquinas para reformar. Pedimos à prefeitura, pois não temos condições de promover os reparos, já que os cultos são altos”, comentou, admitindo que a manutenção do circuito “é meio incógnita”.

Um ano depois de ser inaugurada, pista serve de depósito de óleo de motor.
Um ano depois de ser inaugurada, pista serve de depósito de óleo de motor.
Material escorre em terreno e causa prejuízo ambiental.
Material escorre em terreno e causa prejuízo ambiental.

Para André, o ideal é realizar serviços de reparo no local a cada três meses.

“Se a pista for reformada, no fim de semana seguinte você vai ver entre 30 e 40 pilotos treinado”, garante.

O presidente da federação ainda atesta que os campeonatos de motocross pelo interior do Estado seguem com agenda cheia até o final do ano, ao contrário de Campo Grande.

“Temos competições até 18 de dezembro em todos os finais de semana, sem falhar nenhuma data”, pontua, destacando que a modalidade tem atraído cada vez mais adeptos.

Procurado pelo Campo Grande News, o presidente da Funesp (Fundação Municipal do Esporte), Carlos Alberto Assis, diz que a responsabilidade da manutenção da pista é da Femems. “Mas a federação não dá conta de fazer o trabalho”, admite.

Assis afirma que, como saída, a prefeitura deve promover reforma no circuito nos próximos dias para que os pilotos possam treinar. “Está sendo criada uma associação de pilotos de Campo Grande e a manutenção da pista será da associação posteriormente”, revelou.

Federação estadual de motociclismo diz não ter condições de fazer manutenção do circuito.
Federação estadual de motociclismo diz não ter condições de fazer manutenção do circuito.
Ponto de salto desaparece, tomado pelo mato.
Ponto de salto desaparece, tomado pelo mato.
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