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Esportes

Apesar de vitória na Justiça, Operário fica longe de campeonato em 2012

Fabiano Arruda | 10/02/2012 11:40
Advogado do Operário e presidente do clube falam de sentença que devolveu marca ao clube. (Foto: Fabiano Arruda)
Advogado do Operário e presidente do clube falam de sentença que devolveu marca ao clube. (Foto: Fabiano Arruda)

A vitória na Justiça, em sentença que devolveu ao Operário sua marca, não modificou o planejamento da diretoria do clube, que segue com a ideia de não disputar o Campeonato Estadual neste ano.

Foi o que garantiu nesta manhã o presidente do Galo, Tony Vieira. Para ele, os torneios, tanto Série A como B, da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), são inviáveis aos times.

“É melhor ficar de fora do Campeonato Estadual, pois a federação não organiza um calendário rentável para os clubes. Para quê entrar em campo e só acumular dívida, sendo que o campeonato não gera receita para o time pagar suas contas?”, indagou.

Vieira afirmou que o Galo deve, neste ano, disputar torneios de categorias de base e montar um time principal para disputar amistosos duas vezes por mês.

No ano passado, o alvinegro de Campo Grande disputou a Série A, por conta da desistência do Costa Rica, mas voltou a ser rebaixado. Neste ano deveria competir pela Segundona do Estadual.

“O Estadual em Mato Grosso do Sul deveria ser disputado entre junho e dezembro. Como um patrocinador vai apoiar nosso time num campeonato de três meses? No restante do ano a camiseta vai ficar guardada na gaveta. Ninguém quer”, criticou.

Sentença - O Operário conseguiu reaver na Justiça a marca do clube, que tinha sido entregue ao ex-jogador Celso Elias Zottino em pagamento por dívida trabalhista. A reviravolta foi causada por um erro processual, que levou à anulação do processo.

Em entrevista nesta sexta-feira, o advogado Thiago Nascimento Lima explicou que a defesa do Operário não foi informada das decisões no processo.

Tony Vieira, de outro lado, acrescentou que algumas intimações foram destinadas a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) e não foram repassadas ao clube.

Por conta do erro, a defesa do Galo entrou com uma ação anulatória. Nesta semana, o juiz substituto Denilson de Souza Lima, o mesmo que tinha autorizado a penhora da marca, determinou a anulação. Na decisão, o magistrado também deu uma liminar para que a sentença já passe a ter validade.

Segundo o advogado, o nome do Operário foi dado em pagamento a uma dívida de R$ 12 mil com o ex-jogador. Contudo, Celso ganhou, mas não levou. “O Operário não tem uma marca, como times grandes, que exploram o nome comercialmente, com venda de produtos. O time só usa a marca no uniforme”, afirma o advogado.

Conforme Vieira, a vitória na Justiça sobre a marca mostra o “quanto o Operário deve ser respeitado” e que, no período em que o clube perdeu sua sede, faltou empenho dos dirigentes do Galo, à época, em lutar para que isto não ocorresse.

Ainda conforme o presidente do clube, com a sentença, o Operário fica com pouco mais de R$ 1 milhão em dívidas atuais entre trabalhistas e pendências com fornecedores.

A reportagem procurou o vice-presidente da FFMS, Marco Tavares, para comentar a informação de que a federação teria recebido intimações em nome do Operário e não repassou ao clube, porém, foi informada que ele estava em reunião.

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