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Esportes

Ídolo de Comercial e Operário, ex-ponta conta história e torce por bom jogo

Thiago de Souza | 27/02/2016 11:47
Cido (segundo da direita para esquerda) saúda o público que lotou o Morenão. (Foto: Arquivo pessoal)
Cido (segundo da direita para esquerda) saúda o público que lotou o Morenão. (Foto: Arquivo pessoal)
Cido foi descrito pela imprensa na década de 80 com um ponta implacável (Foto: Arquivo pessoal)
Cido foi descrito pela imprensa na década de 80 com um ponta implacável (Foto: Arquivo pessoal)

O clássico Comercial e Operário, que não é disputado há cinco anos, está marcado para esse domingo (28), às 16 horas, no Estádio Jacques da Luz, pelo Campeonato Estadual. O “Comerário” tem um sabor bem especial para o ex-jogador Cido, que foi ídolo nas duas equipes, nas décadas de 70, 80 e 90. O ex-ponta conta histórias e diz que quer ver um bom jogo nesse domingo.

Segundo estimativas do cronista esportivo Thiago Lopes de Faria, até hoje aconteceram 183 Comerários, com 68 vitórias alvinegras, 48 coloradas e 67 empates.

Hoje, Cido tem 57 anos, e lembra que foi com 22 anos que disputou seu primeiro Comerário, atuando pelo Comercial, em 1979.

Entre muitas histórias que tem pra contar, o maior destaque dos 35 Comerários que Cido disputou na carreira não teve um final feliz. O jogo que mais ficou em sua lembrança foi justamente o que ele ficou menos tempo em campo. “Por isso que não sai da minha cabeça, pois eu queria ter jogado”, lamentou.

Cido disse que, nessa partida, no Morenão, driblou vários jogadores do Operário, e quando chegou na área tomou um carrinho no joelho, vindo do goleiro adversário. “O Árbitro não deu nem cartão amarelo pro goleiro”, reclamou. “Daí fiquei com dores e não consegui subir as escadas do Morenão e voltar do intervalo para o jogo, que perdemos de 2x0.

Cido lembrou que nos tempos áureos de sua carreira os diretores de Operário e Comercial faziam apostas antes dos jogos. “Não sei se era em dinheiro ou em gado, mas faziam”, revelou.

O ex-ponta lembra que, quando atuava pelo Comercial, e não podia jogar, o dirigente do Colorado não fazia apostas, por medo de perder. O mesmo, segundo Cido, acontecia quando ele atuou no Operário.

Um jornal local, na década de 80, noticiou que Cido era tido como implacável, e revelou que o ponta era motivo de grande preocupação para os técnicos e dirigentes adversários, que faziam esquemas táticos para impedir que ele chegasse a linha de fundo.

O ex-ponta, que foi revelado ao futebol pelo ex-prefeito de Campo Grande, Albino Coimbra Filho, fez questão de ressaltar que, nos jogos do Campeonato Estadual e outras competições, o Estádio Morenão ficava tomado de torcedores, com público que chegava a 45 mil pessoas.

Cido saiu do Comercial e partiu para o futebol paulista. A excelente passagem pelo Colorado (é o terceiro maior artilheiro do clube, com 115 gols) despertou a cobiça do Operário, que o contratou anos depois.

O último Comerário de Cido, já defendendo o Galo, foi em 1987, no Morenão. Ele também teve passagens pela Ponte Preta, onde disputou a Série A do Campeonato Paulista, e também atuou no Rio Branco, de Americana, interior paulista.

No Campeonato Estadual deste ano, Cido destacou como positivas as atuações de Luberto, lateral direito do Operário e do goleiro Martins, do Comercial. "Acho ele bem seguro", apontou.

Questionado sobre para quem vai torcer, o ídolo do Comerário foi enfático. "Torço pros dois, quero ver um bom jogo", finalizou.

Cido fez história primeiro no Comercial, onde marcou 115 gols. (Foto: Arquivo pessoal)
Cido fez história primeiro no Comercial, onde marcou 115 gols. (Foto: Arquivo pessoal)
Cido (preto) rebate cruzamento na pequena área em duelo contra o Colorado. (Foto: Arquivo pessoal)
Cido (preto) rebate cruzamento na pequena área em duelo contra o Colorado. (Foto: Arquivo pessoal)
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