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Esportes

Pandemia freou programação, mas não a guinada esportiva que a Capital merece

Pausa forçada no calendário de eventos abriu brecha necessária para avanços na infraestrutura

Jones Mário | 26/08/2020 07:45
Ginásio Guanandizão deve ter obras de revitalização finalizadas até setembro (Foto: Paulo Francis)
Ginásio Guanandizão deve ter obras de revitalização finalizadas até setembro (Foto: Paulo Francis)

Em fevereiro, durante inauguração da pista de atletismo do Parque Ayrton Senna, Campo Grande ganhava calendário esportivo com pelo menos 50 eventos marcados para 2020. No mês seguinte, quando a pandemia de novo coronavírus fazia suas primeiras vítimas no País, aglomeração como a que marcou o lançamento já era algo inimaginável. Não demorou e todos aqueles torneios previstos também ficaram ficaram distantes no horizonte.

A covid-19 freou, mas não parou a guinada esportiva planejada para comemorar os 121 anos da Capital este ano. Sem competições, o foco se voltou para o desenvolvimento da infraestrutura.

“As obras continuaram. O Guanandizão está praticamente pronto. A empresa assumiu o compromisso de entregar em setembro”, conta o diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), Rodrigo Terra.

Operários trabalham nos últimos detalhes para entregar ginásio pronto no mês que vem (Foto: Paulo Francis)
Operários trabalham nos últimos detalhes para entregar ginásio pronto no mês que vem (Foto: Paulo Francis)

Após sete anos fechado para grandes eventos, o ginásio seria reaberto em julho deste ano e com a seleção brasileira em quadra pela Liga das Nações de vôlei masculino - carro-chefe do calendário esportivo.

“Talvez um dos maiores eventos da história de Mato Grosso do Sul”, classifica o diretor-presidente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda.

A FIVB (Federação Internacional de Voleibol) adiou a etapa para o ano que vem, com a Capital ainda como sede.

Futebol - A pandemia de novo coronavírus paralisou o Campeonato Estadual em março. Com a pausa, a reforma do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, também desacelerou.

As obras estavam previstas para começar ao fim da competição, em abril. O hiato provocado pela covid-19 deu o tempo necessário para ajustes no projeto, que, segundo Marcelo Miranda, deve ser entregue pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) à Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) até a primeira quinzena do mês que vem.

Foi muito frustrante, porque a gente vinha em um ritmo muito positivo no esporte. Mas não paramos de trabalhar e conseguimos focar na infraestrutura esportiva. A gente espera entrar em 2021 realmente combatendo e superando qualquer prejuízo causado por essa pausa”, reforça o diretor da Fundesporte.

Fachada do Estádio Morenão, cujo projeto de reforma chega ao governo em setembro (Foto: Paulo Francis)
Fachada do Estádio Morenão, cujo projeto de reforma chega ao governo em setembro (Foto: Paulo Francis)

Além de Guanandizão e Morenão, Campo Grande vive a expectativa de inaugurar a piscina olímpica do Parque Ayrton Senna no próximo ano. A obra já tem recursos carimbados e o projeto está em fase final.

Novo calendário - Junto com a Liga das Nações, o inédito campeonato de arvorismo, também de nível mundial, é outro adiado este ano já garantido para 2021.

Em outra mão, a Fundesporte encaminhava a candidatura de Campo Grande como sede da fase nacional dos Jogos Escolares da Juventude, em novembro. O COB (Comitê Olímpico do Brasil) já havia visitado a Capital e deixou a cidade com impressões positivas.

O maior torneio nacional do desporto estudantil acabou cancelado. “A gente tinha a perspectiva de receber os Jogos Escolares e espera o retorno para o ano que vem”, revela Miranda.

Enquanto planeja as ações no esporte em 2021, Campo Grande também caminha para reabrir seus parques e praças esportivas a partir de setembro deste ano. Aos poucos, retomar as competições, ainda que sem público ou com lotação limitada.

Com base na renovação da infraestrutura esportiva em andamento, “se bobear, o próximo ano até promete mais que 2020”, prospecta Rodrigo Terra.

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