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Deputado faz "tour" em agendas internacionais em uma noite

Por Fernanda Palheta e Jhefferson Gamarra | 18/08/2025 06:00
Deputado faz "tour" em agendas internacionais em uma noite
Deputado Beto Pererira (PSDB) ganhou até vestimenta típica ao participar do 39° Bon Odori, no Clube de Campo Associação Nipo Brasileira de Campo Grande. (Foto: Reprodução)

Mil em uma noite - A pouco mais de um ano para as eleições de 2026 a agenda dos políticos sul-mato-grossenses já estão em ritmo acelerado. No último sábado (16), o deputado Beto Pereira (PSDB) cumpriu uma "agenda internacional" em apenas uma noite. A primeira parada foi bem brasileira no 1° Torneio de Sinuca no Bairro Tijuca. Dali o tucano mergulhou na cultura japonesa na abertura do 39° Bon Odori, no Clube de Campo Associação Nipo Brasileira de Campo Grande. A última parada foi um jantar Árabe temático de Mil e Uma Noites no Circulo Militar.

Arquivada - A procuradoria da Câmara Municipal de Campo Grande barrou a abertura de mais uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), desta vez para investigar a Santa Casa. O pedido foi protocolado pelo vereador Rafael Tavares (PL) e contou com a assinatura de mais 16 parlamentares, desde os mais de esquerda aos da extrema direita. O objeto era investigar as denúncias de colapso financeiro, suspensão de atendimentos e desabastecimento da instituição.

Não tem competência - Apesar de ter as assinaturas necessárias e o tempo para apuração, o parecer do procurador Luiz Gustavo Lazzari indicou que o objeto do pedido extrapola "as competências Poder Legislativo" já que a Santa Casa é uma entidade privada que recebe recursos de repasses financeiros da União, do Estado e do Município.

Judicializar - Diante da negativa da Procuradoria, o autor do pedido prometeu judicializar o pedido. "Estamos tentando investigar a Santa Casa, mas o sistema não está deixando", disse Tavares criticando a falta de autonomia de um vereador.

Apaziguado - O presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), apaziguou a situação e indicou o caminho para o colega manter o poder de fiscalização parlamentar dentro das prerrogativas legais. "Eu particularmente sou sempre a favor de investigações por parte de parlamentares, mas nem sempre é possível pela competência que temos. Conversei com o vereador e nada impede que usemos outros mecanismos para investigar e cobrar a transparência do recurso público municipal que vai para Santa Casa", disse.

Birra - O vereador André Salineiro (PL) não aceitou a presença do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), na audiência pública sobre a recuperação da ferrovia Malha Oeste, que aconteceu na última semana na Câmara Municipal. Para repudiar o petista, Salineiro deixou de participar do debate e ainda disse que os locais que Dirceu passou pela Casa de Lei deveria "ser desinfetado". A justificativa para a birra do parlamentar é que Dirceu foi o mentor do escândalo do Mensalão em 2012.

De volta ao aconchego – Após 15 dias de agendas internacionais na missão Ásia, o governador Eduardo Riedel (PSDB) desembarcou em terras sul-mato-grossenses neste fim de semana. O tucano aproveitou a folga para curtir a família, já que perdeu as comemorações do Dia dos Pais e o aniversário da filha, Marcela Riedel. “De volta a Mato Grosso do Sul e ao aconchego da família. Agora é aproveitar o fim de semana pra recarregar as energias pra retomar as atividades segunda-feira”, disse nas redes sociais.

Casa de Acolhimento – Uma semana depois de um jovem ser espancado por beijar outro homem, parlamentares do PT se mobilizaram para que haja avanços na construção da Casa de Acolhimento LGBTQIAPN+ em Campo Grande. O vereador Jean Ferreira (PT), a deputada federal Camila Jara (PT) e o superintendente do SPU-MS, Thiago Botelho (PT), lideraram um mutirão de limpeza no espaço doado pela União, localizado na Esplanada Ferroviária, onde a agressão aconteceu. Um grupo de trabalho discute os passos para a implantação do espaço de acolhimento no Estado.

Assédio nas Forças Armadas – A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria regras específicas para punir e prevenir o assédio sexual dentro das Forças Armadas, polícias militares e corpos de bombeiros. O texto insere o crime no Código Penal Militar, com pena de 2 a 4 anos de detenção, além de estabelecer medidas protetivas para resguardar a vítima, como afastamento do agressor, restrição de contato e possibilidade de transferência da vítima sem prejuízo de seus direitos.

Reconhecer – O objetivo do texto é reconhecer que o ambiente militar tem relações de poder muito rígidas e, por isso, é necessário criar garantias adicionais para proteger quem sofre assédio, além de responsabilizar o agressor e evitar a revitimização durante o processo. As medidas valem para casos ocorridos dentro ou fora das dependências militares, desde que ligados à função ou à relação hierárquica. Agora, o projeto segue para análise no Senado.