Fórum recheado de políticos pega mal entre ambientalistas
Apesar dos pesares - Grupo de ambientalistas de Bonito-MS enxerga com cautela a vinda de figuras políticas e econômicas ao Fórum Internacional de Sustentabilidade, que ocorrerá nesta sexta-feira (29). Embora reconheçam que a presença de nomes como Michel Temer, João Doria e Henrique Meirelles possa ampliar a visibilidade do evento e atrair investimentos para projetos ambientais, há um consenso de que esses convidados historicamente não priorizaram a pauta ambiental.
Copo meio cheio - Na percepção do grupo, a escolha revela uma estratégia que coloca o meio ambiente em diálogo com o poder político e financeiro, mas deixa as discussões com atores que não vivem nem protegem diretamente a natureza. Por outro lado, os ambientalistas destacam que o evento, ao ocorrer em Bonito, reafirma o município como referência nacional em sustentabilidade e coloca a região no centro das discussões sobre o futuro ambiental.
Biodiversidade - Porém, eles chamam atenção para a necessidade urgente de garantir mais espaço às vozes essenciais nesse debate. O pedido é por mais cientistas, comunidades tradicionais, povos indígenas e demais defensores do meio ambiente. Para eles, apenas assim o enfrentamento da crise climática se tornará verdadeiramente eficaz, justo e representativo, respeitando a riqueza e a biodiversidade que Bonito simboliza.
Prioridades – Enquanto o Senado Federal aprovava o polêmico marco do licenciamento ambiental, flexibilizando exigências e gerando reações de ambientalistas, a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) estava preocupada com a escolha da ave símbolo da Mata Atlântica no estado. Durante reunião da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação, o projeto “Amigos e Amigas das Aves” foi apresentado, com direito a enquete para escolher a espécie representante.
Opções – Foram apresentadas 19 espécies de aves, com ocorrência na Mata Atlântica no território de Mato Grosso do Sul. E dessas foram definidas dez, que são as seguintes: ariramba-de-cauda-ruiva; beija-flor-dourado; benedito-de-testa amarela, japacanim, juruva, martim-pescador-grande, pica-pau-de-cabeça-amarela, surucuá-variado, tricolino e udu-de-coroa-azul. As votações seguem até o dia 2 de junho e o resultado será comunicado no dia 6 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
Nem tão anônimo – Durante a sessão desta terça-feira (27), o deputado Pedro Caravina (PSDB) cobrou celeridade da Sejusp na apuração da denúncia anônima feita contra os peritos que acompanharam a votação da unificação das carreiras da Polícia Civil. Segundo ele, a denúncia é injusta e sem fundamentos. “Essa denúncia é uma covardia. Ninguém faz uma denúncia anônima tão detalhada, com foto dos parlamentares e das pessoas presentes. Seria como se pegássemos as pessoas reivindicando e fizéssemos uma caça às bruxas”, criticou.
Picuinha – O deputado ainda defendeu o arquivamento do caso, argumentando que situações semelhantes não geraram sindicâncias em outras categorias como no caso dos delegados que foram à Assembleia pressionar a votação do projeto que garantiu aumento de 5% no salário para gastos com saúde da classe.
Duas medidas - O deputado lembrou de outro eventos sem a mesma "perseguição. “Eu não vi instaurar sindicância quando os delegados vieram aqui quando aprovou o auxílio saúde para eles e várias outras categorias que frequentam a Assembleia. Essa sindicância é um absurdo, é picuinha que está prejudicando a população”, afirmou Caravina.
No forno – A UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) formou uma comissão com sete membros para revisar e atualizar as regras do vestibular. O grupo terá um prazo de 90 dias para apresentar propostas à pró-reitoria de educação. Atualmente, o processo seletivo segue as normas estabelecidas por uma resolução de 2020. Com a nova comissão, a expectativa é que o próximo vestibular conte com ajustes e melhorias, alinhados às demandas atuais da universidade e dos candidatos.
No meu tempo – O projeto do vereador Ademar Júnior, o Coringa (MDB), que autoriza a criação de um corredor comercial no Jardim Centro Oeste, foi aprovado, mas não sem ressalvas. O artigo que determinava um prazo de 30 dias para regulamentação da lei foi vetado pela prefeitura, sob o argumento de que o prazo cria obrigações ao Executivo que extrapolam a competência dos vereadores.