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Jogo Aberto

No país do jeitinho, uniforme é paraguaio e pito é peruano

Waldemar Gonçalves | 29/06/2016 06:00

Mais munição – Uniformes feitos no Paraguai para os alunos da Rede Municipal de Ensino deram nova munição aos ataques dos vereadores ao prefeito, Alcides Bernal (PP). Vários parlamentares lembraram ontem, inclusive, a origem paraguaia dele, dizendo que teria prestigiado os “hermanos”. Também levantaram suspeita de superfaturamento em vista da qualidade questionável das bermudas importadas do país vizinho.

Hecho en Paraguay – Um deles foi Paulo Siufi (PMDB), que usou a tribuna por 14 minutos para reclamar dos uniformes que batizou de “Made in Paraguai”. Porém, ao ler a etiqueta, debochou: “nem o Made sabem escrever, aqui está escrito Feito no Paraguai”. O peemedebista só “esqueceu” que o correto seria “Hecho en Paraguay”, já que a língua oficial não é a inglesa por aquelas bandas.

Afasta! – Siufi disse ainda que a questão é imoral e tão grave quanto os crimes que culminaram na cassação do prefeito em 2013. Ao defender novo afastamento de Bernal, citou o governo federal como exemplo: “A Dilma está afastada lá, por que não afastar o prefeito aqui?”. Para o peemedebista, Bernal não aprendeu a lição: “meu avô dizia que burro é aquele que persiste no erro”, disse.

Morando na Câmara – Já o presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha (PSDB), questionado se convocará o prefeito para falar sobre os uniformes, fez piada: "se todo problema que ele (Bernal) cria, a gente enviar uma convocação, ele terá que vir para a Câmara de novo exercer o mandato de vereador”. Segundo Rocha, neste caso, Bernal “teria que passar mais tempo lá que na Prefeitura”, pelo tanto de problemas que estão aparecendo. “Teria que ficar aqui permanentemente dando explicações", disse.

Alcides Infernal – Após chamar o prefeito de satanás na semana passada, Roberto Durães (PSC) ontem trocou o nome de Bernal por "Alcides Infernal", apesar de os sete requerimentos que tramitam na casa pedindo sua cassação por ofensas ao prefeito. Questionado pelo Campo Grande News até quando continuará quebrando o decoro, Durães foi até a tribuna, pediu a retirada do termo "Alcides Infernal" e agradeceu o conselho.

Fica a dica – "O Brasil precisa mudar a cultura do 'jeitinho'. Sem isto fica difícil fazer com que os atos de corrupção cheguem ao fim". O recado foi dado ontem pelo presidente da Transparência Internacional, organização que atua no combate à corrupção em mais de 100 países, o peruano José Carlos Ugaz, a parlamentares brasileiros, em Brasília (DF).

SOS Bernal – O presidente da Seleta, Gilbras Marques, chamou a imprensa para um “pedido de socorro”. Por ordem judicial, a entidade precisa demitir mais de 2 mil funcionários contratados por meio de convênio irregular com a Prefeitura de Campo Grande, porém o município “lavou as mãos” e avisou que não vai pagar as indenizações trabalhistas. Já os representantes da Omep, entidade na mesma situação, reclamam que nunca conseguiram ser recebidos pelo prefeito ao menos para conversar.

Já foi melhor – Ao fim da votação da LDO 2017, o vereador Mario Cesar (PMDB), relator da Comissão de Orçamentos e Finanças da Câmara, comentou que neste ano o documento veio “pior” no que tange o planejamento das diretrizes. Explicou que em nome da Câmara, ou seja, sem contar emendas de vereadores, foram inseridas 37 emendas que haviam sido indicadas no ano passado e “ignoradas” pela Prefeitura.

Bem bravo – Defensor da tradicional família, o vereador Eduardo Cury (SD) procurou a reportagem do Campo Grande News para dizer que é a favor do respeito ao ser humano, incluindo até mesmo as travestis e transexuais. Porém, segundo ele, projeto de lei enviado pelo Executivo dá brecha para várias interpretações, inclusive o uso do banheiro feminino conforme a identidade de gênero. “O prefeito precisa ser mais claro nos projetos que envia e priorizar assuntos mais importantes”, reclamou.

Empolgado – O deputado Márcio Fernandes (PMDB) diz que está confiante em uma resposta positiva do ex-governador André Puccinelli (PMDB) sobre sua candidatura a prefeito. Diz acreditar que o peemedebista vai aceitar o pedido do partido. "Acho que agora ele empolgou e vai para disputa, pelo bem de Campo Grande". A resposta de André deve chegar até amanhã.

(com a redação)

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